Banco estaria em conversas com governo Trump para mudar de sede, diz jornal (Arnd Wiegmann/File Photo/Reuters)
Redator
Publicado em 15 de setembro de 2025 às 12h18.
Uma das maiores instituições financeiras do mundo, o UBS, estaria planejando mudar de sede para os Estados Unidos em resposta à rigidez de reguladores suíços, que aumentaram o sarrafo depois que banco adquiriu o Credit Suisse, há pouco mais de dois anos. As informações são do New York Post.
Segundo fontes ouvidas pelo jornal, os executivos do UBS já estariam em negociação com o governo Trump para viabilizar a mudança. A operação ocorreria via compra de um banco americano ou uma fusão.
O grande incômodo do UBS em seu país de origem seria a exigência de um aumento significativo do capital próprio, em US$ 26 bilhões.
O capital próprio de um banco serve como proteção para absorver perdas, garantindo estabilidade ao mercado e aos clientes.
O UBS estaria considerando a proposta do regulador suíço excessiva, a ponto de prejudicar sua competitividade. O banco de 162 anos tem sede hoje em Zurique, principal cidade suíça. Seu valor de mercado é de US$ 126 bilhões.
De acordo com o New York Post, o UBS avalia o aumento de capital como desproporcional às práticas globais. A instituição também estaria em conversas com autoridades suíças sobre o assunto. A mudança para os EUA visa operar em um ambiente regulatório mais flexível, de acordo com a reportagem.
Dois bancos estariam na mira do UBS nos Estados Unidos para aquisição. Eles seriam o PNC Financial, de Pittsburgh, é o Bank of New York. Outro destino sondado pelo UBS é o Reino Unido.
Há dois anos, antes do acordo definitivo da aquisição do Credit Suisse pelo UBS, houve uma preocupação com insolvência no mercado. A falência do Credit Suisse se deu desde escândalos de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal até a tomada de riscos altos em fundos internacionais.
O UBS não respondeu às perguntas do New York Post, tampouco o Tesouro Americano. O jornal, no entanto, cita uma fonte do governo a par do assunto, e ela teria dito que a intenção do atual mandatário, em flexibilizar a regulação sobre bancos, é justamente atrair instituições estrangeiras para o país.