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Trump quer acabar com obrigação de balanços trimestrais de empresas nos EUA

O presidente dos Estados Unidos afirmou em sua rede social que o tema já está sendo avaliado pela SEC, a CVM do mercado americano

Donald Trump sobre balanços a cada seis meses: "Isso economizará dinheiro e permitirá que os gestores se concentrem na gestão adequada de suas empresas" (Christopher Furlong/AFP)

Donald Trump sobre balanços a cada seis meses: "Isso economizará dinheiro e permitirá que os gestores se concentrem na gestão adequada de suas empresas" (Christopher Furlong/AFP)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 15 de setembro de 2025 às 10h02.

O presidente americano Donald Trump disse que as empresas não deveriam ser obrigadas a entregar relatórios de lucros — os tradicionais balanços — trimestralmente. O republicano afirmou em postagem em sua conta na Truth Social nesta segunda-feira, 15, que prefere um cronograma semestral, como forma de as empresas economizarem tempo e dinheiro.

“Sujeito à aprovação da SEC, empresas e corporações não devem mais ser obrigadas a ‘relatar’ trimestralmente, mas sim a relatar a cada seis  meses, disse Trump, referindo-se à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA.

“Isso economizará dinheiro e permitirá que os gestores se concentrem na gestão adequada de suas empresas. Você já ouviu a afirmação de que a China tem uma visão de 50 a 100 anos sobre a gestão de uma empresa, enquanto administramos nossas empresas trimestralmente?”, questionou o presidente americano na publicação, sugerindo que Pequim tem um sistema mais eficiente e econômico para suas empresas.

Em seu primeiro mandato na Casa Branca, Trump já havia sugerido que as companhias americanas mudassem seus relatórios trimestrais para um cronograma semestral. Na época, o republicano disse que balanços semestrais tornariam as empresas americanas ainda melhores e teria pedido à SEC que estudasse essa possibilidade.

SEC é a abreviação para Securities and Exchange Commission, nome dado à agência reguladora responsável por cuidar do mercado de capitais dos Estados Unidos. É similar ao que a CVM faz no Brasil.

O presidente dos EUA não pode interferir diretamente no órgão, que opera sob um arcabouço legal e regulatório específico, com autonomia para aplicar e fiscalizar as leis do mercado de capitais, sem interferência direta do governo.

No entanto, o poder executivo pode influenciar indiretamente a SEC ao nomear seus membros, que precisam ser confirmados pelo Senado.

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