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Trump no Japão e confiança do consumidor dos EUA: o que move o mercado

No Brasil, o destaque do dia é a publicação da balança comercial semanal pelo MDIC às 15h

Presidente Donald Trump (EUA) e a primeira-ministra Sanae Takaichi (Japão): países assinaram acordos sobre minerais estratégicos e comércio (ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP/Getty Images)

Presidente Donald Trump (EUA) e a primeira-ministra Sanae Takaichi (Japão): países assinaram acordos sobre minerais estratégicos e comércio (ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP/Getty Images)

Publicado em 28 de outubro de 2025 às 07h42.

Os mercados globais operam em clima de otimismo nesta terça-feira, 28, embalados pela expectativa de corte de juros nos Estados Unidos na reunião do Federal Reserve nesta quarta-feira, 29. O movimento de apetite por risco ganha força com a perspectiva de um acordo comercial entre Washington e Pequim, que deve ser discutido no encontro entre Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping na quinta-feira, na Coreia do Sul.

A agenda econômica do dia concentra indicadores relevantes no Brasil e no mundo. Às 11h, será divulgado o índice de confiança do consumidor de outubro pelo Conference Board, nos EUA.

Às 15h, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) publica a balança comercial semanal. Já às 18h, o banco central do Chile anuncia sua decisão de política monetária.

Na temporada de balanços, os investidores acompanham a divulgação dos resultados da UnitedHealth Group antes da abertura dos mercados em Nova York. Após o fechamento, será a vez da Visa Inc. e, no Brasil, da farmacêutica Hypera.

Trump no Japão

Nos eventos internacionais, Trump participa nesta manhã de uma reunião com líderes empresariais no Japão. O presidentes onde elogiou a primeira-ministra Sanae Takaichi e assinou acordos sobre comércio e minerais estratégicos.

Tóquio prometeu investir US$ 550 bilhões em projetos estratégicos nos EUA e empresas japonesas miram até US$ 400 bilhões em novos aportes.

Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retorna ao Brasil nesta terça-feira, 28, após viagem à Indonésia e à Malásia, onde se reuniu com Trump e tratou da revisão do tarifaço imposto pelos EUA a produtos brasileiros. O avanço dessas negociações e o clima externo favorável dão fôlego ao câmbio e ao Ibovespa nesta reta final de outubro.

Ouro e petróleo em baixa

No mercado de commodities, o petróleo recua pelo terceiro dia consecutivo. Por volta das 5h56 (horário de Brasília), o barril do Brent caía 2%, a US$ 64,33, enquanto o WTI recuava 2%, a US$ 60,11.

O ouro também operava em baixa no mesmo horário, com queda de mais de 2% e cotação de US$ 3.899,94 por onça, no menor nível em três semanas, segundo informações da Reuters.

Mercados internacionais

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em queda nesta terça-feira, 28, com investidores avaliando os acordos assinados entre Trump e a primeira-ministra japonesa. No Japão, o Nikkei 225 caiu 0,58%, enquanto o Topix recuou 1,18%.

Na Coreia do Sul, o Kospi perdeu 0,80%, e o Kosdaq subiu 0,07%. O S&P/ASX 200, da Austrália, recuou 0,48%. Em Hong Kong, o Hang Seng Index caiu 0,33%, e o CSI 300, da China continental, teve baixa de 0,51%.

Na Europa, os índices abriram em queda. Por volta das 7h40 (horário de Brasília), o Stoxx 600 recuava 0,31%. O DAX, da Alemanha, perdia 0,10%, enquanto o CAC 40, da França, caía 0,11%. Já o FTSE 100, do Reino Unido, subia 0,03%. Na Espanha, o IBEX 35 chegou a renovar a máxima histórica, mas operava estável.

Nos Estados Unidos, os futuros das bolsas operam próximos da estabilidade nesta manhã. Às 7h40, os contratos do Dow Jones Futures subiam 0,13%, os do S&P 500 Futures avançavam 0,02% e os do Nasdaq 100 Futures ganhavam 0,09%.

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