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Trump no Fed, PMIs globais e decisão do BCE: o que move os mercados

Multiplan, balanços nos EUA e dados de emprego também são relevantes para esta quinta-feira, 24

Donald Trump atrás de Jerome Powell, presidente do Fed (Carlos Barria/Reuters)

Donald Trump atrás de Jerome Powell, presidente do Fed (Carlos Barria/Reuters)

Publicado em 24 de julho de 2025 às 07h55.

Esta quinta-feira, 24, começa com os investidores digerindo uma bateria de balanços e atentos a indicadores que medem a atividade econômica global.

No Brasil, a arrecadação federal de junho é o destaque na agenda doméstica, enquanto nos Estados Unidos os olhos seguem voltados para a campanha pública do presidente Donald Trump pela saída de Jerome Powell do comando do Federal Reserve.

No fim do dia, Trump fará uma visita simbólica ao Fed, marcada para as 17h, em meio à pressão que exerce para que o banco central inicie os cortes de juros o quanto antes.

Ontem à noite, em discurso no Tennessee, o republicano voltou a ameaçar parceiros comerciais: “os países com quem não estamos nos dando bem pagarão tarifas de 50%”.

Mais cedo, os mercados reagem aos pedidos de auxílio-desemprego e ao índice de atividade nacional do Fed de Chicago (ambos às 9h30), ao PMI composto preliminar de julho (10h45) e às vendas de novas moradias (11h)

Balanços corporativos

Na temporada de balanços, os resultados das gigantes de tecnologia divulgados na última quarta-feira à noite dividiram o mercado.

A IBM afundou mais de 5% no after hours, apesar do lucro acima do esperado. A Tesla também recuou, pressionada pela queda na margem operacional no trimestre.

Só a Alphabet animou os investidores, com alta após divulgar avanço nas receitas de publicidade. Hoje é a vez da Intel divulgar seus números, após o fim do pregão.

No Brasil, a Multiplan é o principal destaque da temporada de balanços, também com divulgação marcada para o fim do dia.

Europa em foco

Na Europa, os olhares se voltam para o Banco Central Europeu (BCE), que deve manter a taxa de juros inalterada, como amplamente esperado pelo mercado.

A presidente da instituição, Christine Lagarde, concede entrevista coletiva às 9h45 (horário de Brasília), que deve trazer sinais sobre os próximos passos do BCE.

Antes disso, saem os PMIs preliminares de julho para Alemanha, Zona do Euro e Reino Unido; indicadores importantes da atividade econômica na região.

Também está na agenda a decisão de juros na Turquia.

Mercados internacionais

Os mercados asiáticos encerraram o pregão desta quinta-feira, 24, em alta, impulsionados pelo otimismo com o acordo comercial entre Japão e Estados Unidos e novas medidas de estímulo na China.

No Japão, o Topix saltou 1,75% e atingiu um recorde histórico, aos 2.977,55 pontos, enquanto o Nikkei 225 avançou 1,59%, a 41.826,34 pontos.

O CSI 300, da China continental, subiu 0,71% após o governo anunciar subsídios mensais para idosos, e o índice de Xangai ganhou 0,65%. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 0,51%, mas o Kosdaq, na Coreia do Sul, recuou 0,45%.

Na Europa, os principais índices operam com ganhos moderados nesta manhã, sustentados por expectativas de um acordo tarifário entre União Europeia e Estados Unidos. Por volta das 7h40 (horário de Brasília), o FTSE 100, de Londres, subia 0,91%; o DAX, da Alemanha, avançava 0,59%; e o Stoxx 600 ganhava 0,37%. Já o CAC 40, da França, recuava 0,16%.

Nos Estados Unidos, os futuros de Wall Street operam com variações discretas. Os contratos do S&P 500 subiam 0,02%, enquanto os do Nasdaq 100 avançavam 0,27%. Já os futuros do Dow Jones recuavam 0,36%.

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