Volodimir Zelensky e Donald Trump: presidentes da Ucrânia e dos EUA se reúnem nesta sexta-feira, 17, na Casa Branca (Mandel NGAN/AFP)
Repórter
Publicado em 17 de outubro de 2025 às 07h47.
As atenções dos mercados nesta sexta-feira, 17, estarão voltadas para os Estados Unidos. O presidente americano Donald Trump recebe hoje o líder ucraniano Volodimir Zelensky na Casa Branca. Na véspera, Trump disse que vai se encontrar com o presidente Vladimir Putin, da Rússia, para retomar as conversas sobre o fim da guerra na Ucrânia.
Na quinta-feira, 16, um porta-voz do governo da Coreia do Sul confirmou que o presidente americano visitará o país entre os dias 29 e 30 de outubro. A viagem é esperada principalmente pela possibilidade de encontro entre o líder americano e o presidente chinês Xi Jinping.
No Brasil, as sinalizações positivas da diplomacia em Washington, após a reunião entre o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, ajudam a conter parte da pressão, mas a indefinição sobre o Orçamento de 2026 mantém os receios fiscais no radar dos investidores.
A agenda econômica doméstica conta com a divulgação do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de outubro, da FGV, prevista para as 8h.
No campo institucional, o Supremo Tribunal Federal começa a julgar hoje, às 11h, o mérito da ação que discute a prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia que empregam mais de 9 milhões de pessoas.
Nos Estados Unidos, a agenda política segue intensa, com a reunião entre Trump e Zelensky e a continuidade dos encontros anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Às 13h15, Alberto Musalem, presidente do Federal Reserve de St. Louis, participa de um evento do Institute of International Finance (IIF), em meio a expectativas sobre os próximos passos da política monetária americana.
Às 14h, será divulgado o número de poços e plataformas em operação, pela Baker Hughes, um termômetro importante para o mercado de energia.
No mundo corporativo, os investidores acompanham os resultados da American Express, divulgados antes da abertura dos mercados.
Os mercados globais operam em queda nesta sexta-feira, 17, pressionados pela piora no sentimento de risco após novas tensões no setor bancário dos Estados Unidos. Denúncias de fraudes e perdas em bancos regionais reacenderam temores sobre a qualidade de crédito e os impactos potenciais no sistema financeiro, provocando uma onda de vendas em Wall Street e repercussões imediatas na Europa e na Ásia.
Na Ásia, o pregão foi negativo, com destaque para as quedas do Hang Seng de Hong Kong (-2,48%) e do CSI 300 da China (-2,26%). O Nikkei 225 do Japão recuou 1,48% e o S&P/ASX 200 da Austrália caiu 0,81%. O Kospi da Coreia do Sul encerrou praticamente estável (+0,01%), enquanto os índices indianos Sensex (+0,58%) e Nifty 50 (+0,49%) destoaram com ganhos moderados.
Na Europa, por volta das 7h20 (horário de Brasília), o Stoxx 600 recuava 1,58%, com perdas generalizadas: DAX da Alemanha (-2,15%), FTSE 100 do Reino Unido (-1,38%) e CAC 40 da França (-0,79%).
Nos EUA, os futuros também operavam no vermelho: Nasdaq 100 caía 1,20%, S&P 500 recuava 1,00% e Dow Jones perdia 0,74%.