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Trump e Uber: o que movimenta a maior bolsa de tecnologia do mundo

Uma das principais bolsas no mundo, a Nasdaq, estava em alta de 4% na expectativa da vitória do republicano. Agora, com Biden à frente, a alta é de 1,85%

 (Brendan McDermid/Reuters)

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Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 4 de novembro de 2020 às 11h15.

Última atualização em 4 de novembro de 2020 às 11h19.

As bolsas em todo o mundo estão de olho em apenas um evento: o resultado das eleições nos Estados Unidos. A disputa entre o democrata Joe Biden e o atual presidente, o republicano Donald Trump, movimenta as ações na manhã de hoje, 4. "Depois de uma noite bem nervosa, o dia amanhece volátil", diz Pablo Spyer, o Touro de Ouro, em live transmitida pelo Instagram da EXAME.

Uma das principais bolsas no mundo, a Nasdaq, estava em alta de quase 4% na expectativa de uma vitória do republicano. Agora, com Biden à frente, a alta é de 1,85%. O economista chamou a atenção para dois fatores que explicam essa alta.

Biden, ex-vice presidente, poderia aumentar os impostos sobre as grandes companhias de tecnologia, como Facebook, Apple ou Alphabet, a dona do Google, todas com ações na Nasdaq. No dia 30 de novembro, o candidato afirmou, em sua conta do Twitter, que as grandes empresas deveriam pagar uma taxa de impostos mais justa. "Serei claro: americanos que trabalham duro não deveriam pagar mais impostos federais que a Amazon ou Netflix. É hora das grandes corporações finalmente pagarem sua parte justa", disse ele.

Assim, quando no meio da madrugada o resultado virou para uma vitória de Trump, a bolsa começou a subir. “O candidato de Wall Street é o Trump”, disse Spyer. Mesmo assim, com a alta de Biden, “o mercado já começou a olhar os pontos positivos do Biden para a economia. Ele vai injetar mais recursos e dar um estímulo maior para a economia, além de ter uma relação mais aveludada com a Europa”, disse o economista.

O segundo motivo para a alta da bolsa e tecnologia é uma decisão favorável aos aplicativos de mobilidade Uber e Lyft na Califórnia. A Justiça americana havia obrigado as empresas a tratarem os motoristas e entregadores como funcionários e a oferecer os benefícios devidos, como seguro saúde e seguro desemprego. Ontem, uma nova votação no estado reverteu essa decisão e manteve os trabalhadores como independentes.

 

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