No entanto, a Triunfo tem desempenho pior do que suas concorrentes, com receios de investidores de que sua diversificação foi exagerada (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2012 às 14h21.
São Paulo - A TPI - Triunfo Participações & Investimentos, única empresa de capital aberto a vencer uma concessão no leilão de aerportos que levantou US$ 12 bilhões em fevereiro, tem desempenho pior do que suas concorrentes, com receios de investidores de que sua diversificação foi exagerada.
A TPI, como ela é conhecida, se uniu à parisiense Egis Avia para arrematar o contrato para expandir e operar o aeroporto de Campinas, em São Paulo, no dia 6 de fevereiro. Desde então, a ação da empresa despencou 5,9 por cento. A CCR SA e a EcoRodovias Infraestrutura & Logística SA, as duas maiores empresas de infraestrutura de transportes do País, subiram 34 por cento e 24 por cento, respectivamente.
A Triunfo, sediada em São Paulo e que também tem contratos para operar rodovias, portos e ferrovias, ofereceu R$ 3,8 bilhões pelo aeroporto de Viracopos. Essa foi terceira maior operação do gênero desde que o governo começou a repassar aeroportos para a iniciativa privada, no ano passado. Investidores receiam que a expansão da Triunfo em áreas nas quais tem pouca experiência, como aeroportos, pode afetar suas margens de lucro.
“Certamente há a preocupação em relação ao investimento no aeroporto, mesmo porque não há base de comparação para a performance deles”, disse Jacqueline Lison, analista do Banco Fator SA, em entrevista por telefone de São Paulo em 23 de julho. “Uma coisa que pressiona muito é que o mercado questiona muito se a diversificacao em excesso dela não é prejudicial, fazendo com que ela perca o foco.”