A "volta" da TR é explicada pela alta dos juros no mercado financeiro. A taxa é calculada com base na taxa média dos CDBs prefixados de 30 dias oferecidos pelos bancos comerciais (BM&FBovespa/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2013 às 15h49.
Brasília - Os depósitos da caderneta de poupança e do FGTS voltaram a receber na quinta-feira, 20, o rendimento adicional da Taxa Referencial (TR), que ficou zerada entre 7 de agosto do ano passado e o último dia 19. O Banco Central informou, na tarde desta sexta-feira, 21, que a taxa calculada para o dia 20 ficou em 0,0109%.
A "volta" da TR é explicada pela alta dos juros no mercado financeiro. A taxa é calculada com base na taxa média dos CDBs prefixados de 30 dias oferecidos pelos bancos comerciais. O cálculo inclui ainda um redutor que torna a correção menor, compatível com os juros do Sistema Financeiro da Habitação, cujos contratos também são corrigidos pelo indicador. Há dez anos, a TR rendia mais de 4,5% ao ano.
A queda dos juros nos últimos anos havia reduzido o peso do indicador. Desde 7 de agosto de 2012, época em que a Selic estava em 8% ao ano, como atualmente, a TR estava zerada. Outro fator que deve influenciar a rentabilidade da poupança neste ano é a volta da taxa básica para um patamar superior a 8,5% ao ano, caso as projeções do mercado financeiro se confirmem.
Hoje, os juros estão em 8% ao ano, o que faz com que os depósitos feitos após 4 de maio de 2012 rendam 0,4551% ao mês mais TR. A expectativa dos analistas é de que suba para 8,5% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para os dias 9 e 10 de julho. Nesse caso, o rendimento passa para 0,4828% ao mês mais TR. Se houver nova alta da Selic no Copom dos dias 27 e 28 de agosto, para 8,75% ou 9% ao ano, o rendimento das novas aplicações volta para 0,5% ao mês mais TR.