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Tóquio recua 1,7% com realizações e radiação na água

Bancos japoneses estudam concessão de mais fundos ao país, acalmando investidores

Apesar da pouca estabilidade, bolsa operou em baixa na maior parte do dia (Getty Images)

Apesar da pouca estabilidade, bolsa operou em baixa na maior parte do dia (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2011 às 08h54.

Tóquio - A Bolsa de Tóquio fechou em queda um pregão volátil, puxada para baixo pelas realizações de lucros que se seguiram aos ganhos acentuados de terça-feira e à notícia de contaminação radioativa no sistema de abastecimento de água da capital japonesa. O índice Nikkei 225 teve perda de 158,85 pontos, ou 1,7%, e fechou aos 9.449,47 pontos.

O mercado ficou em baixa durante a maior parte do dia, enquanto os investidores embolsavam os ganhos obtidos com a valorização de 7,2% no índice Nikkei durante as duas sessões anteriores. O sentimento sofreu um golpe adicional depois que o Governo Metropolitano de Tóquio informou ter detectado iodo por dois dias seguidos na água das torneiras no norte de Tóquio em quantidade acima dos níveis permitidos para a ingestão por crianças. A revelação chocou o mercado, puxando tanto o mercado à vista quanto o mercado futuro para novas mínimas intraday. No final, o Nikkei conseguiu recuperar parte de suas perdas.

Inicialmente, contribuiu para ajudar o sentimento do investidor a notícia de que um grupo de bancos e trustes bancários japoneses estudam a concessão de até 2 trilhões de ienes (US$ 24,74 bilhões) em financiamentos para concessionárias de serviços públicos até o final do mês, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.

Supondo-se que estejam contidas as preocupações acerca da contaminação nuclear e dos avanços na usina atingida, a atenção dos investidores provavelmente vai se voltar para o conflito na Líbia e os preços do petróleo, disse Kiyoshi Shimazaki, gerente de carteira da ITC Investment Partners. Ele afirmou que uma recuperação da Bolsa para níveis de antes do terremoto depende de uma avaliação mais clara do impacto da catástrofe de 11 de março sobre os balanços das empresas japonesas. As informações são da Dow Jones.

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