Mercados

Tóquio fecha em queda com fracos dados da China

Os níveis de participação continuaram robustos, totalizando 4,34 bilhões de ações sob o valor de 2,7 trilhões de ienes


	Bolsa de Tóquio: o índice Nikkei caiu 0,3%, para 13.529,65 pontos, depois de uma alta de 1,9% na sessão anterior
 (Junko Kimura/Getty Images)

Bolsa de Tóquio: o índice Nikkei caiu 0,3%, para 13.529,65 pontos, depois de uma alta de 1,9% na sessão anterior (Junko Kimura/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2013 às 06h52.

Tóquio - As ações na Bolsa de Tóquio fecharam em queda nesta terça-feira, uma vez que os fracos dados econômicos da China e uma onda de vendas de dólares levaram a realização de lucros, especialmente, entre as incorporadoras.

O índice Nikkei caiu 0,3%, para 13.529,65 pontos, depois de uma alta de 1,9% na sessão anterior.

Os níveis de participação continuaram robustos, totalizando 4,34 bilhões de ações sob o valor de 2,7 trilhões de ienes.

O Nikkei ficou limitado a um curto intervalo no início da sessão, tendo em vista que o dólar caiu de seus níveis observados nos dias anteriores, decepcionando alguns investidores que esperavam um rápido avanço para a marca de 100 ienes depois do encontro do G-20.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial da China, medido pelo HSBC, levou o dólar a uma queda ainda mais forte. No fim da tarde em Tóquio, a moeda norte-americana mudava de mãos bem abaixo da marca de 99 ienes, em cerca 98,77 ienes.

"Os fracos números relacionados aos dados da China que temos visto ultimamente não são necessariamente ruins - só que não tão bons quanto no passado. O mercado precisa ajustar suas expectativas para baixo", disse o estrategista Daisuke Uno, Sumitomo Mitsui Banking Corp.

"Quanto a perspectivas do iene, o Banco do Japão acabou de começar seu programa de super flexibilização, por isso é provável que o enfraquecimento do iene que vimos até o nível atual seja apenas o começo."


Na sessão desta terça-feira, ações de exportadores e empresas do setor imobiliário puxaram o mercado para baixo.

A Mitsubishi Estate e a Mitsui Fudosan fecharam em queda de 2,8% e 3,8%, respectivamente.

Entre os principais exportadores, a Bridgestone perdeu 2,0%, enquanto a Honda cedeu 1,0%.

A Bridgestone também foi atingida por uma reportagem do Nikkei que afirmava que o concorrente Toyo Tire & Rubber aumentará sua capacidade anual de produção de pneus nos EUA em 30%, para 8,5 milhões de unidades em 2015, em resposta à recuperação das vendas de carros novos no território norte-americano. A Toyo Tire avançou 3,5%.

Os principais bancos perderam terreno depois que o UBS rebaixou os papéis do Mitsubishi UFJ Financial Group para Venda, de Neutro, citando supervalorização. Por outro lado, a corretora elevou preço-alvo do grupo, saudando sólidos fundamentos do banco. Mas o UBS reconheceu as preocupações sobre os efeitos da baixa taxa de juros sobre investimentos de renda fixa e para o fraco ambiente de crédito.

A MUFG, que ganhou 39% em 2013 até segunda-feira, perdeu 1,5%. O Mizuho Financial Group caiu 1,8%, enquanto o Sumitomo Mitsui Financial Group cedeu 0,8%.

Em relação aos resultados corporativos, a Yamada Denki perdeu 4,8% depois de informar que seu lucro líquido consolidado para o ano fiscal recém-terminado caiu 62%, para 22 bilhões de ienes, devido às vendas fracas de televisores de tela plana. A empresa também reduziu suas previsões de lucros. As informarções são da Dow Jones. (Lucas Hirata - Lucas.hirata@estadao.com)

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresMercado financeiroNikkei

Mais de Mercados

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol