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Tombo da OGX na Bolsa arrasta outras ações do grupo de Eike Batista

Papéis reagem a sentimento de desconfiança quanto à comunicação com o mercado, afirmam analistas

Empresa de Eike: mesmo setores diferentes são interdependentes (Oscar Cabral/Veja)

Empresa de Eike: mesmo setores diferentes são interdependentes (Oscar Cabral/Veja)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2012 às 18h52.

Rio - O tombo de 25% nas ações da OGX Petróleo levou a reboque as demais empresas abertas do grupo EBX, do bilionário Eike Batista. Também despencaram no pregão desta quarta-feira as ações ordinárias (ON, com direito a voto) do estaleiro OSX (-12,57%, para R$ 10,50), da MPX Energia (-7,99%, para R$ 30,40), da LLX Logística (-7,88%, para R$ 2,22), da MMX Mineração (-6,64%, para R$ 6,05) e da CCX Carvão (-3,92%, para R$ 4,66).

Há duas razões principais para a queda de empresas de setores tão diferentes. Primeira, algumas das empresas do EBX são interdependentes. A empresa de indústria naval OSX, por exemplo, foi criada para ter a OGX Petróleo como principal cliente. A perspectiva de uma produção mais modesta da petroleira tem impacto direto na demanda do estaleiro. Tanto que a mineradora MMX e a produtora de carvão na Colômbia CCX, cujas relações com a OGX Petróleo são mais distantes, tiveram as menores baixas entre todas as empresas do grupo.

Em segundo lugar, há uma questão de confiança e comunicação com o mercado, na avaliação de Hersz Ferman, sócio da gestora carioca Yield Capital. "Apesar de uma campanha de exploração excelente, que está sendo bem-sucedida, a OGX, principalmente, sempre vem a mercado com números que não consegue entregar", afirmou o executivo, para quem a empresa "exagera" em suas previsões.

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