GOOGLE, DA ALPHABET: carro chefe da empresa desacelera e holding luta para achar outras formas de aumentar receita / Ole Spata/Corbis/Latinstock (Spata/Corbis/Latinstock)
Da Redação
Publicado em 21 de abril de 2016 às 06h53.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h31.
A Alphabet, companhia mãe do Google, divulga hoje seus resultados do primeiro trimestre de 2016 e deve surpreender positivamente os investidores. Analistas estimam um faturamento de 20,5 bilhões de dólares, 18% maior que há 12 meses.
No mercado de anúncios e buscas, o Google domina como nunca: tem 88% do mercado global, apesar de ser bloqueado na China. O faturamento total da empresa com anúncios cresceu 15% ano passado.
Os problemas estão em outros campos. Nesta quarta-feira, a Comissão Europeia comunicou que pretende multar o Google por quebrar a lei anti-truste do continente, ao favorecer serviços próprios, como Google Search e Chrome, nos celulares que funcionam com seu sistema operacional Android. A punição pode chegar a 7 bilhões de dólares. No Reino Unido, a empresa tem sido duramente criticada desde que se revelou que só teria pago 185 milhões de dólares em impostos na última década.
As apostas do conglomerado também têm sido cada dia mais criticadas. A Alphabet tem colhido resultados pífios em empreitadas como Google Fiber, de cabos de fibra ótica, e a Nest, de automação residencial. A empresa já anunciou que pretende vender a Boston Dynamics, subsidiária de robótica que se mostrou inviável financeiramente.
De acordo com a empresa de análises RBC Capital Markets, o prejuízo trimestral desses negócios deve chegar a 664 milhões de dólares. Nada que tire o sono da Alphabet: o lucro operacional a ser divulgado hoje deve ser de 4,4 bilhões de dólares, 26% maior que no início de 2015.