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Títulos dos EUA esfriam após máxima em 16 anos, arcabouço em Brasília e o que mais move o mercado

Índices de Wall Street dão continuidade aos ganhos da véspera, após três semanas de queda

Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA: rendimento de título de 10 anos vem de máxima desde 2007 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA: rendimento de título de 10 anos vem de máxima desde 2007 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 22 de agosto de 2023 às 08h29.

Última atualização em 22 de agosto de 2023 às 09h29.

O rendimento dos títulos do Tesouro americano (treasuries) próximo do maior patamar em 16 anos parece não conter o interesse de investidores por ativos de risco. Após bolsas americanas registrarem o melhor pregão do mês na véspera, os ganhos se estendem para o mercado de futuros desta terça-feira, 22. Ainda que em leve queda nesta manhã, o rendimento do título de 10 anos segue acima de 4,30%.

Quanto mais altos forem os rendimentos do títulos americanos, considerados os mais seguros do mundo, maior tende a ser a aversão ao risco. Isso porque a atratividade por instrumento como ações e moedas emergentes se torna relativamente menor, com os treasuries pagando prêmios tão altos. Mas, após três semanas de quedas dos principais índices de Wall Street, o efeito-rebote fala mais alto nesta terça.

De olho em Michelle Bowman

Sem grandes divulgações macroeconômicas previstas para o dia, o mercado internacional deverá repercutir o discurso da diretora do Federal Reserve (Fed) Michelle W. Bowman. Bowman é membro do comitê de política monetária dos Estados Unidos, o FOMC, e já chegou a sinalizar a necessidade de juros ainda mais altos para controlar a inflação. Bowmann irá participar do evento Fed Listens, em Chicago, às 15h30 (de Brasília)

À espera de Jay Powell

Embora a manutenção do atual patamar de juros entre 5% e 5,25% seja dado como certo, o mercado ainda segue dividido quanto à possibilidade de uma nova alta até o fim do ano. A expectativa é de que o aguardado discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, em Jackson Hole reduza o grau de incertezas no mercado. O evento é o mais esperado da semana e, embora sediado entre as serras frias de Wyoming, tem potencial de incendiar o mercado. 

Leia agora: Por que todas as atenções do mercado estão nas montanhas frias de Jackson Hole

Após breve respiro fora, Ibovespa volta a submergir

Apesar da melhora de humor no exterior, a bolsa brasileira teve mais um dia de perdas na véspera. Foi o 14º pregão negativo dos últimos 15. Pressões internacionais tiveram um peso significativo na queda do Ibovespa nas últimas semanas, mas incertezas sobre o andamento de pautas econômicas em Brasília ainda pairam nas mesas de negociação.

Votação do arcabouço na Câmara

O foco atual é quanto à aprovação do arcabouço fiscal. O texto foi aprovado com celeridade pela Câmara. Mas, agora que sofreu alterações no Senado, sofre resistências entre deputados. O entrave seria uma mudança feita pelos senadores que abre mais espaço no orçamento do governo. O presidente da Câmara, Arhtur Lira, espera votar o texto até esta quarta-feira, 23. Os líderes da casa voltam a se reunir para debater a proposta nesta terça.

Que horas abre a bolsa de valores?

O horário de negociação na B3 vai das 10h às 17h. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, enquanto o after-market ocorre entre 17h25 e 17h30. Já as negociações com o Ibovespa futuro ocorrem entre 9h e 17h55.

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