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Títulos da dívida da Venezuela subiram 692% na era Chávez

As altas taxas de retorno dos títulos de dívida pública devem continuar se Nicolás Maduro ganhar as eleições


	Na era Chávez, o retorno dos investimentos foi 3,78 pontos percentuais acima dos países emergentes
 (REUTERS/Jorge Silva)

Na era Chávez, o retorno dos investimentos foi 3,78 pontos percentuais acima dos países emergentes (REUTERS/Jorge Silva)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2013 às 16h04.

São Paulo - Durante os 14 anos em que Hugo Chávez presidiu a Venezuela os títulos da dívida do país subiram 692%, muito acima de outros países emergentes, incluindo o Brasil.

Segundo reportagem da Bloomberg, apesar das incertezas políticas que surgem com a morte de Chávez, os investidores do país podem ficar tranquilos, já que o presidente interino e provável sucessor Nicolás Maduro deve continuar com a mesma política, garantindo os altos retornos.

A política de Chávez incluía forte controle cambial e a nacionalização de mais de mil empresas, o que dissuadiu muitos investidores de dívida e manteve os custos de financiamento do país no exterior a uma média de 12,39% - 3,78 pontos percentuais acima das dívidas dos países emergentes. Isso tudo em um mundo que trabalha com taxas de juros próximas de zero.

Os títulos de dívida venezuelanos, que são classificados quatro níveis abaixo do grau de investimento pela Standard & Poors, subiram 26% no ano passado, inchando seu retorno a 692% desde a posse de Chávez, em 1999.

Os ganhos, que anualizados equivalem a 14,7%, superaram os de países classificados como grau de investimento, incluindo o Brasil, cuja dívida retornou 656%, de acordo com dados compilados pelo JPMorgan Chase & Co.

Na opinião das gestoras de investimentos Fidelity Investments e Schroder Investment Management, Maduro deve seguir os passos de Chávez e seguir pagando seus investidores para garantir as exportações de petróleo que financiam metade do orçamento do país. 

"Maduro provavelmente vai seguir o modelo anterior, e os rendimentos deverão permanecer elevados a menos que haja uma mudança de regime", Luis Martins, gerente de portfolio da Fidelity em Boston. 

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