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Tesla salta 10% após receber 'sinal verde' para implementar direção autônoma na China

Montadora anunciou recentemente sua primeira queda trimestral de receita desde 2020

Musk durante encontro com o premiê chinês Li Qiang (@elonmusk / Captura de tela /Reprodução)

Musk durante encontro com o premiê chinês Li Qiang (@elonmusk / Captura de tela /Reprodução)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 29 de abril de 2024 às 06h48.

Última atualização em 29 de abril de 2024 às 08h57.

Elon Musk chegou a Pequim no domingo para sua segunda viagem em menos de um ano à China, reunindo-se com autoridades de alto escalão, incluindo o primeiro-ministro Li Qiang, enquanto trabalhava para impulsionar a Tesla no maior mercado de veículos elétricos (VE) do mundo.

No mesmo dia, os modelos produzidos localmente pela montadora do bilionário sul-africano foram listados entre os VEs que atendem aos requisitos de segurança de dados da China, eliminando um importante obstáculo regulatório.

A gigante dos carros elétricos dos EUA também pareceu estar mais perto da aprovação do governo para usar sua tecnologia de direção assistida na China ao se associar à gigante de tecnologia Baidu para usar mapas e recursos de navegação em seus modelos 3 e Y, informou a Bloomberg.

Essas últimas movimentações da empresa de Musk já repercutiram no mercado financeiro. Nesta segunda-feira, as ações da Tesla subiram 10% nas negociações pré-mercado dos EUA.

Apesar da concorrência de empresas nacionais, como a BYD, a Tesla continua entre os veículos elétricos mais vendidos na China, mas está tentando aumentar sua participação no disputado mercado chinês com com recursos como o “Full Self Driving” (FSD), que precisa estar em conformidade com as rigorosas leis de dados e privacidade.

A Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis disse que vem testando veículos com esse recurso desde novembro de 2023 com um órgão regulador nacional de segurança de computadores sobre como eles coletam e processam dados, incluindo informações pessoais e identificação facial.

A segurança e a regulação dos dados têm sido os principais motivos pelos quais a Tesla, que introduziu a versão mais autônoma de seu software Autopilot há quatro anos, ainda não disponibilizou a tecnologia na China, seu segundo maior mercado global, apesar da demanda dos clientes. Desde 2021, os órgãos reguladores chineses exigem que a montadora armazene todos os dados coletados de sua operação chinesa em Xangai, impedindo que a empresa transfira quaisquer dados de volta para os Estados Unidos.

Momento da Tesla

As ações da Tesla caíram quase um terço desde o início do ano à medida que aumentaram as preocupações sobre a trajetória de crescimento.

Recentemente, a empresa divulgou sua primeira queda de receita trimestral desde 2020, quando a pandemia de covid-19 afetou a produção e as entregas. Musk anunciou que a Tesla apresentaria modelos novos e mais acessíveis usando suas linhas de produção existentes, bem como um novo “táxi-robô” com recursos de direção autônoma, que ele planeja revelar em 8 de agosto.

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