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Tesla enfrenta nova queda nas vendas e perde força na Europa

A montadora de Elon Musk registra vendas fracas em países como Suécia, Noruega e Holanda, enquanto apenas a França mostra leve recuperação no mês de outubro

Publicado em 3 de novembro de 2025 às 20h29.

A Tesla voltou a registrar queda nas vendas na Europa em outubro, ampliando a sequência de resultados negativos neste ano. De acordo com dados das associações automotivas, e divulgados pela Bloomberg, a Suécia liderou o recuo, com redução de 89% no número de carros registrados em relação ao mesmo mês do ano passado.

Na Noruega e na Holanda, o volume retraiu cerca de 50%, enquanto na Espanha a queda foi próxima de 30%. A França foi a única exceção, com leve alta de 2,4% após forte retração em 2024.

De janeiro a outubro, o total de veículos registrados da Tesla caiu aproximadamente 30% na Europa. A montadora de Elon Musk tem enfrentado desaceleração nas entregas em quase todos os mercados europeus, em um momento em que rivais ampliam a produção e ganham espaço no segmento de veículos elétricos.

O desempenho contrasta com o resultado nos Estados Unidos, onde a montadora atingiu recorde de vendas no terceiro trimestre, impulsionada pela antecipação de compras antes do fim do crédito fiscal de US$ 7.500 para carros elétricos.

Impacto nos resultados

A perda de participação da Tesla ocorre em meio a um cenário de crescimento do mercado europeu de veículos elétricos. Na Alemanha, principal polo automotivo da região, o número total de emplacamentos de elétricos subiu 38% até setembro, enquanto as vendas da montadora caíram pela metade no mesmo período.

Executivos da empresa atribuem parte do recuo à transição do Model Y para um novo design, o que teria causado interrupções temporárias na produção. Contudo, meses após o lançamento da versão atualizada, a empresa ainda não conseguiu recuperar o ritmo de vendas, indicando perda de competitividade diante de marcas como BYD, Volkswagen e Audi, que expandiram seus portfólios e avançam sobre o mesmo público.

Especialistas do setor apontaram à Bloomberg que o desgaste da imagem de Elon Musk e sua postura política têm contribuído para uma reação negativa de consumidores europeus, afetando a percepção da marca em um mercado sensível a temas ambientais e de governança.

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