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Tesla cai quase 7% no pré-mercado com corte de 43% no preço-alvo das ações

Wedbush Securities reduziu preço para as ações da empresa, de US$ 550 para US$ 315

Publicado em 7 de abril de 2025 às 08h28.

Última atualização em 7 de abril de 2025 às 08h42.

A Tesla (TSLA), vista como referência no mercado de veículos elétricos, enfrenta um dos momentos mais delicados de sua história. Às 8h25, no horário de Brasília, os papéis da empresa caíam 6,42%.

Em relatório publicado neste domingo, 6, a Wedbush Securities reduziu em 43% sua projeção de preço-alvo para as ações da empresa , de US$ 550 para US$ 315.

Segundo o analista Dan Ives, a Tesla deixou de ser uma empresa de tecnologia disruptiva para se tornar um "símbolo político global", fenômeno que, para ele, intensificou uma crise de marca que agora é comparada a um "tornado F5".

A postura política do CEO Elon Musk é apontada como fator central para a perda de cerca de 10% da base global de futuros clientes , de acordo com estimativas da Wedbush.

Além dos problemas de imagem, a Tesla também é pressionada pelas novas tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump.

Desde o início de seu mandato, Trump aplicou tarifas de 54% sobre produtos chineses , ao que a China respondeu com tarifas de 34% sobre bens americanos. Apesar da produção nacional robusta da Tesla, a dependência de peças chinesas, como baterias, ainda expõe a companhia aos efeitos dessa guerra comercial.

Impacto no mercado e queda nas entregas

A crise já se reflete em números. No primeiro trimestre de 2025, a Tesla registrou entregas de aproximadamente 336.700 veículos, representando uma queda de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A Wedbush alerta que "este pode ser um ano brutal" para a empresa, caso Musk não modere suas ações públicas, especialmente nas redes sociais.

Ross Gerber, investidor inicial da Tesla, também manifestou preocupação, afirmando que "o mercado de veículos elétricos de alta gama desmoronou" e que a imagem da marca "pode não ser mais recuperável". Um dos produtos mais aguardados, o Cybertruck, enfrenta dificuldades de venda, aumentando a percepção de crise.

Desde janeiro, as ações da Tesla acumulam queda de quase 37%, e já perderam mais de 50% em relação ao pico registrado em 17 de dezembro de 2024.

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