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Tensão geopolítica entra no jogo e derruba Ibovespa na abertura

Conflito iminente entre Coreias adiciona volatilidade ao mercado já afetado por problemas bancários na Espanha

Protesto contra o suposto ataque da Coreia do Norte contra navio sul-coreano (.)

Protesto contra o suposto ataque da Coreia do Norte contra navio sul-coreano (.)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2010 às 10h31.

São Paulo – O Ibovespa – principal índice de ações da BM&FBovespa – iniciou os negócios desta terça-feira (25) em forte baixa de 3%, em torno dos 58 mil pontos. O desempenho reflete o conflito iminente entre a Coreia do Norte e a Coréia do Sul. “A tensão está aumentando a aversão ao risco nos mercados financeiros”, afirma o economista global do UBS, Paul Donovan, em nota.

Os problemas ganharam corpo depois de a Coreia do Norte ter solicitado que as suas tropas fiquem prontas para o combate. A Coreia do Sul acusa o vizinho de ter afundado um navio de guerra do país no final de março. Como retaliação, Seul suspendeu as relações comerciais e declarou o país comunista como o seu “principal inimigo”, expressão que não utilizava desde 2004.

“O tema da aversão ao risco continua a crescer de um respiro temporário na sexta-feira”, analisa Andrew B. Busch, estrategista do banco BMO. Nos Estados Unidos, o clima adverso também afeta as negociações dos principais índices de ações americanos. Na Europa, os principais mercados da região apresentam quedas superiores a 3%. Acompanhe as cotações.

Na Espanha, os investidores continuam temerosos. Depois de o país precisar resgatar um banco à beira da falência durante o final de semana, o Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que a Espanha precisa reduzir o déficit e que a recuperação econômica do país será fraca e frágil.

“Apesar de menos pressionada do que semana passada, as bolsas de valores devem seguir apresentando volatilidade e com muita atenção as notícias da Europa”, aponta o analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, em relatório. 

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