Invest

Tensão China-EUA, produção industrial, Cielo, Movida e o que mais move o mercado

Visita de presidente da Câmara dos Estados Unidos a Taiwan estressa líderes chineses e provoca aversão ao risco no mercado

Visita de Pelosi a Taiwan reacende disputa geopolítica (zhangshuang/Getty Images)

Visita de Pelosi a Taiwan reacende disputa geopolítica (zhangshuang/Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 2 de agosto de 2022 às 07h20.

Última atualização em 2 de agosto de 2022 às 07h40.

A cautela volta a ganhar espaço no mercado internacional, após o fim do rali da semana passada impulsionado por sinalizações mais brandas do Federal Reserve (Fed). Bolsas caem na manhã desta terça-feira, 2, enquanto o dólar estanca as perdas dos últimos dias, sinalizando maior aversão ao risco.

Como pano de fundo das preocupações do mercado está o reaquecimento de tensões geopolíticas entre China e Estados Unidos, representado pela visita da presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, a Taiwan. A viagem é considerada uma afronta por governantes chineses. Como retaliação, a China estaria posicionando misseis contra Taiwan, segundo Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby. 

Apesar da visita de Pelosi, que, por sinal, é do mesmo partido do presidente Joe Biden, a Casa Branca tem tentado separar a viagem da presidente da Câmara de um posicionamento de Estado sobre Taiwan. Mas o discurso não tem convencido a China. Pelosi deve chegar em Taiwan ainda nesta terça, segundo a Reuters.

Bolsas da Ásia fecharam em firme queda nesta madrugada, com Xangaie Hong Kong chegando a cair mais de 2%. O tom negativo se espalha para o Ocidente, com índices futuros americanos caindo quase 1% nesta manhã.

Assine a EXAME e fique por dentro das principais notícias que afetam o seu bolso. Tudo por menos de R$ 0,37/dia.

Desempenho dos indicadores às 7h30 (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): - 0,58%
  • S&P 500 futuro (Nova York): - 0,84%
  • Nasdaq futuro (Nova York): - 1,05%
  • FTSE 100 (Londres): - 0,27%
  • DAX (Frankfurt): - 0,96%
  • CAC 40 (Paris): - 0,80%
  • Hang Seng (Hong Kong): - 2,36%
  • Shangai Composite (Xangai): - 2,26%
  • Nikkei 225 (Tóquio): - 1,42%

Produção industrial

Além das tensões internacionais, o mercado brasileiro deve repercutir novos dados da atividade local. Às 9h serão divulgados os números da produção industrial de junho sob expectativa de alta de 0,3% na comparação mensal, mas de queda de 0,2% ante mesmo período do ano passado.

Dados mais fortes que os projetados podem injetar ainda mais confiança sobre o curto prazo da economia brasileira. O consenso do Focus é de que o PIB deste ano suba 1,97% neste ano --  0,46 ponto percentual acima do crescimento previsto há quatro semanas.

Cielo, Movida e outros balanços

No radar dos investidores também estarão os balanços do segundo trimestre. Entre os resultados mais aguardados do dia está o da Cielo (CIEL3), previsto para após o encerramento do pregão.

A companhia, que enfrentou uma tempestade perfeita na bolsa nos últimos anos, é hoje a maior alta do Ibovespa no ano, com valorização de 90,79%. O consenso da Bloomberg para o resultado do segundo trimestre é de que a empresa reporte lucro líquido de R$ 265,7 milhões e receita líquida operacional de R$ 2,81 bilhões.

Também divulgarão resultados nesta noite Copasa (CSMG3), Engie (EGIE3), Iguatemi (IGTI3) e JSL (JSLG3), que pertence ao grupo Simpar (SIMH3). Uma da empresas da holding que já apresentou balanço foi a Movida (MOVE3). Principal concorrente da Localiza, a Movida apresentou lucro líquido de 186,8 milhões na última noite, 7,4% acima do registrado no segundo trimestre de 2021. A margem bruta do negócio, porém, caiu de 65,7% para 61,1%.

Outras empresas que apresentaram balanços na noite de segunda-feira, 1, foram Tim (TIMS3), Pague Menos (PGMN3), Marcopolo (POMO4) e Blau (BLAU3).

Veja também:

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresEstados Unidos (EUA)

Mais de Invest

Tecnisa faz acordo com Cyrela para venda de sete terrenos em SP por RS 450 milhões

Carro autônomo da Tesla se 'autoentrega' da fábrica até a casa do cliente pela primeira vez

Veja o que mais dá dinheiro para os times brasileiros no Mundial — e não é venda de jogadores

Marfrig investe R$ 548 milhões em novo complexo industrial e triplica capacidade de abate