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Euro cai para mínima no câmbio com o dólar por temores de recessão na UE

O câmbio entre euro e dólar chegou em US$ 1,0283, com uma queda de mais de 1,30%

Notas de Euro, moeda estrangeira, dinheiro, na zona do Euro (Antonio Bronic/Reuters)

Notas de Euro, moeda estrangeira, dinheiro, na zona do Euro (Antonio Bronic/Reuters)

O temor de uma recessão na Europa está se tornando cada vez maior, e a cotação do euro chegou aos níveis mais baixos dos últimos 20 anos.

O câmbio entre euro e dólar chegou em US$ 1,0283, com uma queda de mais de 1,30%.

A inflação na zona do euro atingiu um recorde de 8,6% em junho, levando o Banco Central Europeu (BCE) a avisar antecipadamente os mercados de sua intenção de aumentar as taxas de juros na reunião que ocorrerá no dia 21 de julho.

Essa será a primeira vez que o Banco Central Europeu eleva os juros na zona do euro em 11 anos.

Recessão, inflação e crise do gás na Europa abalam o euro

Entretanto, o elevado nível da dívida pública da maioria dos países europeus, além dos crescentes temores de uma recessão, podem limitar a capacidade do BCE de levar adiante uma política monetária restritiva.

O Índice Econômico Sentix de julho na segunda-feira mostrou que o humor dos investidores em 19 países da zona do euro caiu para o nível mais baixo desde maio de 2020, apontando para uma recessão “inevitável”.

A inflação recorde na Europa foi estimulada pela disparada dos preços do gás nos últimos meses.

Os preços do gás natural na Europa estão atingindo níveis recordes.

Nesta terça-feira, 5, o preço do gás chegou ao maior nível desde março, por causa das greves planejadas na Noruega que aumentaram os problemas do mercado provocados pelos cortes na oferta russa.

O preço do gás na bolsa TTF da Holanda, referência europeia para o comércio de gás natural, atingiu os 175,5 euros por megawatt-hora.

Por causa dessa conjuntura negativa, o euro já perdeu mais de 9% de seu valor em relação ao dólar desde o início do ano.

Dólar continua se valorizando

Por outro lado, o dólar continua se valorizando, à medida que os investidores avessos ao risco buscam um "porto seguro" na moeda norte-americana, e o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, sinaliza de forma cada vez mais clara que as taxas de juros americanas subirão de forma incisiva esse ano.

Em junho, o Fed aumentou os juros em 0,75 ponto percentual. Mas o presidente da instituição central monetária, Jerome Powell, já declarou que o banco central pode aumentar novamente os juros na mesma magnitude na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc).

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