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Temor de recessão nos EUA, dados de emprego e produção industrial: o que move o mercado

O principal dado da agenda americana é o relatório Jolts, que mede a oferta de empregos em janeiro

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 11 de março de 2025 às 08h03.

Os mercados começam esta terça-feira, 11, sob pressão após um forte tombo das bolsas americanas na véspera, puxado pelo temor de uma recessão nos Estados Unidos. Investidores agora monitoram a oferta de empregos nos EUA e a produção industrial no Brasil para avaliar o cenário econômico.

O principal dado da agenda americana é o relatório Jolts, que mede a oferta de empregos em janeiro. O indicador será divulgado às 11h pelo Departamento do Trabalho. Os mercados seguem atentos a novos dados econômicos ao longo da semana, incluindo a inflação ao consumidor na quarta-feira e a inflação ao produtor na quinta-feira.

No Brasil, o destaque é a Pesquisa Industrial Mensal de janeiro, que será divulgada pelo IBGE às 9h. Na temporada de balanços, três empresas reportam seus resultados após o fechamento do mercado: Azzas, Cury e Vulcabras.

No campo político, o presidente Lula cumpre agenda em Minas Gerais. Às 11h, ele visita a linha de montagem da Stellantis, e às 16h25, participa de uma cerimônia na Gerdau.

Além disso, investidores acompanham a reunião entre representantes dos EUA e da Ucrânia na Arábia Saudita, a primeira desde o embate público entre Donald Trump e Volodymyr Zelenskyy. Comandada pelo secretário de Estado Marco Rubio, a delegação dos EUA busca medir a disposição da Ucrânia para concessões.

Ásia e Europa

Os mercados internacionais operam com cautela nesta terça-feira, refletindo o pessimismo de Wall Street após a forte queda da véspera.

Na Ásia, o índice MSCI Ásia-Pacífico recuou 0,7%, com destaque para as perdas do Topix do Japão (-1,1%), do Kospi da Coreia do Sul (-1,3%) e do Taiex de Taiwan (-1,7%). Na China, o CSI 300 subiu 0,3%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong avançou 0,1%.

Na Europa, as bolsas abriram em leve queda, com o índice Stoxx 600 recuando 0,19%. Setores de viagens e saúde lideravam as perdas, pressionados pelo desempenho negativo da Novo Nordisk (-2,7%) e da Novartis (-3,7%). Já a Volkswagen avançava 2,2%, apesar da queda de 15% no lucro operacional anual.

Os índices futuros dos EUA operavam estáveis após temores de recessão levaram o Dow Jones a perder quase 900 pontos na última segunda-feira, 10. O presidente Donald Trump minimizou as preocupações, afirmando que a economia passa por uma “fase de transição”, mas investidores seguem atentos aos impactos das políticas comerciais sobre o crescimento americano.

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