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Temer descarta reajuste de combustíveis e Petrobras desaba

Papel preferencial da estatal caía 3,77% por volta das 15h, enquanto os ordinários recuavam 4,16%


	Preços de gasolina em um posto de combustível da Petrobras: reajuste não deverá vir antes das eleições
 (Ricardo Moraes/Reuters)

Preços de gasolina em um posto de combustível da Petrobras: reajuste não deverá vir antes das eleições (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2014 às 16h42.

São Paulo - As ações da Petrobras operam em forte queda na tarde de hoje, após o vice-presidente do Brasil, Michel Temer, afirmar que não haverá reajuste de preço dos combustíveis antes da eleição de outubro. O papel preferencial (PN, sem direito a voto) da estatal caía 3,77% por volta das 15h, enquanto os ordinários (ON, com voto) recuavam 4,16%. O Índice Bovespa recuava 1,04%.

Durante visita à sede da Agência Bloomberg, em Nova York, Temer concedeu entrevista e disse achar “que não há espaço para um reajuste antes da eleição”, embora tenha dito também que “não é algo totalmente definido”.

Temer disse aos jornalistas da Bloomberg que não tem informações suficientes sobre o assunto, mas que, apesar disso, não vê possibilidade de um reajuste.

Inflação

Uma das razões pelas quais o governo poderia segurar um reajuste de preços dos combustíveis é a preocupação com a pressão inflacionária, que ainda é forte. Segundo a última pesquisa Focus, do Banco Central, o mercado estima que a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechará o ano em 6,35%, quase no limite tolerado pelo Banco Central, que é de 6,5% ao ano.

Aos jornalistas da Bloomberg, Temer afirmou que “é inevitável associar a inflação à popularidade da presidente”. Segundo ele, “se a inflação aumenta demais, não há dúvidas de que haverá repercussão negativa para o governo, inclusive no que diz respeito à eleição presidencial”.

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