Tegra: incorporadora compra terreno na Barra da Tijuca por R$ 370 milhões (Google Mpas/Reprodução)
Repórter de finanças
Publicado em 5 de dezembro de 2023 às 19h06.
Última atualização em 5 de dezembro de 2023 às 19h15.
A incorporadora Tegra (TEGA3) informou ao mercado, nesta segunda-feira, 4, que adquiriu um terreno de 30 mil metros quadrados na Barra da Tijuca (RJ) por R$ 370 milhões. A aquisição foi feita em conjunto com a Construtora São José e trata-se de um terreno das herdeiras do banqueiro Aloysio de Andrade Faria, falecido em 2020, aos 99 anos.
O documento foi publicado após a coluna do jornalista Lauro Jardim no jornal "O Globo" divulgar a negociação e dizer que “se trata do maior negócio imobiliário do Rio no século 21”. Segundo o comunicado ao mercado, as empresas visam construir um empreendimento residencial de altíssimo padrão.
Localizado na zona oeste do Rio de Janeiro, o terreno fica na Avenida Lucio Costa, esquina com a Avenida Peregrino Júnior, a alguns passos da praia da Barra da Tijuca. Ao lado do terreno, há o já construído condomínio de luxo “Golden Green”.
Atualmente, o espaço é uma área verde e pertencia às herdeiras Lucia, Junia, Flavia, Claudia e Eliana do falecido banqueiro. Aloysio, até 2020, ocupava a posição mais antiga na lista de bilionários da "Forbes", com um patrimônio estimado em R$ 8,32 bilhões — o que o colocava na posição de uma das pessoas mais ricas do país.
O banqueiro se formou em medicina mas não seguiu na área, fazendo carreira no mercado financeiro. Ele se consolidou no banco fundado pelo seu pai e expandiu seus negócios, liderando o Conglomerado Alfa, que engloba empresas nos setores financeiro, de inovação, agronegócio, material de construção, hotelaria, lazer, entre outros. As cinco filhas são acionistas da organização.
A Tegra (TEGA3) é uma incorporadora imobiliária residencial criada há 45 anos. A empresa tem como foco empreendimentos de médio e alto padrão nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro e soma mais de 26 milhões de metros quadrados construídos e mais de 106 mil imóveis desenvolvidos.
No balanço do terceiro trimestre de 2023, a incorporadora divulgou um lucro bruto de R$ 60 milhões, 51% menor na comparação com o mesmo período de 2022. Segundo a empresa, a queda de receita no período, além de incrementos em orçamentos de obra de projetos a serem entregues neste ano, foi um dos motivos da diminuição do lucro.