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TC compra Economatica por R$ 40 milhões e reforça vertical B2B

Fundada em 1986, a Economatica analisa dados de cerca de 5.000 empresas e mais de 27.000 fundos e tem como clientes de bancos de investimento, gestoras e corretoras a empresas de capital aberto

Cerimônia de estreia do TC na B3 no dia 29 de julho de 2021 | Foto: Cauê Diniz/B3 (Cauê Diniz/B3/Divulgação)

Cerimônia de estreia do TC na B3 no dia 29 de julho de 2021 | Foto: Cauê Diniz/B3 (Cauê Diniz/B3/Divulgação)

MS

Marcelo Sakate

Publicado em 1 de outubro de 2021 às 09h02.

Última atualização em 1 de outubro de 2021 às 10h35.

O TC (TRAD3) anunciou nesta manhã de sexta-feira, 1ª de outubro, a aquisição da Economatica, uma das principais plataformas de informações financeiras para o mercado do país. O valor da transação é de 40 milhões de reais.

Fundada em 1986, a Economatica tem faturamento previsto de cerca de 17,5 milhões de reais em 2021. A empresa analisa dados de mais de 250 setores da economia, cerca de 5.000 empresas e mais de 27.000 fundos de investimentos.

A empresa tem como clientes regulares bancos de investimento, fundos de previdência privada, gestoras, corretoras, departamentos de relações com investidores, empresas de consultoria e instituições educacionais e governamentais do Brasil e da América Latina.

"O negócio potencializa muito, já em D0 [neste momento], o analítico que conseguimos oferecer para os nossos clientes", disse Pedro Machado, diretor de Relações com Investidores do TC, à EXAME Invest.

O TC, anteriormente conhecido como TradersClub, é a maior plataforma social de conteúdo e serviços para o investidor do país.

Segundo dados do segundo trimestre, o TC teve crescimento perto de 200% na base de usuários cadastrados, que saltou de 170.700 para 502.300 na comparação anual. O avanço foi maior em usuários pagantes, de 14.300 para 88.000. 

Dado o tamanho da operação, não há necessidade de aprovação do Cade (o órgão federal de defesa da concorrência), o que significa que o processo de integração já começa nesta sexta.

"A Economatica vai servir como um 'motor' para o nosso segmento B2B, com analítica avançada para o nosso terminal, e teremos uma versão mais simplicada para o varejo, de acordo com a necessidade de cada segmento", afirmou. É uma diferenciação de demanda que deve ser definida pelo nível de relacionamento via planos de assinatura.

O plano inicial de combinação dos negócios é absorver os dados da Economatica para abastecer a plataforma e os clientes do TC. Isso permitirá, por exemplo, "turbinar" a capacidade do Matrix, a ferramenta de análise fundamentalista do TC, ampliando as comparações entre empresas e setores, entre outras possibilidades. A previsão, que pode sofrer alterações, é que tais serviços devem estar disponíveis na plataforma em um prazo de seis meses.

Na frente B2B, a avaliação é que muitos clientes da Economatica têm potencial para se tornar também do terminal que o TC planeja lançar em breve e que vai incorporar a base de dados e as funcionalidades de análise inteligente da companhia. "Isso torna o produto mais atrativo para o mercado, com possibilidade de up-sell e cross sell", diz o diretor de RI, em referência à potencialidade de venda de outros produtos e com tíquete mais alto aos clientes.

Segundo Machado, o acesso de clientes à plataforma da Economatica não sofrerá alterações e a operação será mantida de forma segregada, ao menos em um primeiro momento.

É a segunda aquisição anunciada pelo TC em duas semanas. No último dia 16, a empresa anunciou a compra de 100% da RIWeb por 6,5 milhões de reais.

A RIWeb é uma das duas grandes empresas do mercado brasileiro que fornecem tecnologia e comunicação para a área de Relações com Investidores (RI) das empresas de capital aberto: são serviços que vão da criação de sites e comunicações via e-mail até a organização de contatos, assistência e transmissão de áudio e videoconferências com investidores.

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