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TC amplia fatia B2B na receita no 3º tri e prepara negociação com criptos

Plataforma originalmente voltada para o investidor pessoa física já obtém 22% das receitas com serviços para empresas; novas fontes virão da negociação de diferentes classes de ativos

Sede do TC em São Paulo: empresa chegou a 614 colaboradores ao fim de setembro | Foto: TC/Divulgação (TC/Divulgação)

Sede do TC em São Paulo: empresa chegou a 614 colaboradores ao fim de setembro | Foto: TC/Divulgação (TC/Divulgação)

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Marcelo Sakate

Publicado em 12 de novembro de 2021 às 21h00.

Última atualização em 12 de novembro de 2021 às 21h01.

Conhecido pela comunidade de investidores pessoas físicas em sua plataforma, o TC (TRAD3) tem colocado em prática nos últimos meses um agressivo plano para diversificação de receitas. Os primeiros resultados mais evidentes foram revelados nesta noite de sexta-feira, dia 12, com os números do balanço do terceiro trimestre.

As receitas líquidas proforma chegaram a 31 milhões de reais no período, mais do que dobrando (+108,9%) em relação ao mesmo período de 2020 e com alta de 33,4% em relação ao segundo trimestre.

Os números refletem as aquisições da RIWeb e da Economatica, concluídas no início de outubro, "para evidenciar aos nossos investidores que as empresas adquiridas já estão em um estágio de maturidade suficiente para gerar receitas, e não apenas despesas", disse o TC no comunicado sobre o resultado.

Com as duas aquisições, a frente de negócios B2B, voltada a empresas de capital aberto e investidores institucionais, entre outros, já responde ao equivalente a 22% das receitas líquidas proforma. No segundo trimestre, era 4%.

"O resultado mostra a resiliência do nosso portfólio face um mercado muito difícil, em que a bolsa caiu 13% no trimestre. E foi um trimestre muito bom em termos de evolução do produto: já realizamos as primeiras conference calls de companhias de capital aberto dentro do TC, entre outras novidades", destacou Pedro Albuquerque, CEO e co-fundador do TC, à EXAME Invest.

O Ebitda proforma ajustado também reflete as aquisições e ficou positivo em 3,548 milhões de reais, com margem de 11,4%. O resultado exclui efeitos de contratações para o desenvolvimento de produtos B2B que não foram lançados.

A base de usuários cadastrados cresceu 12% do segundo para o terceiro trimestre, para 562 mil pessoas, enquanto a de usuários pagantes ficou estável em 88.000, fato atribuído em parte à queda da bolsa no período.

'Jogo mudou'

A diversificação de receitas vai se dar também pela negociação de criptoativos, ações e renda fixa na plataforma do TC, ampliando de forma expressiva o mercado endereçável. Tudo isso será possível em uma nova plataforma em desenvolvimento, com novas funcionalidades que devem ser lançadas ainda neste ano. O objetivo: rentabilizar usuários sem a necessidade de assinaturas dos planos anuais, ainda a principal fonte de receitas da companhia.

"Nosso jogo mudou. Se o usuário negociar renda fixa ou criptoativos, vamos ter o nosso take rate", citou Albuquerque sobre futuras fontes de receitas. "E preparamos novidades também em outras classes de ativos, como private equity e venture capital. O TC não é mais uma plataforma só de ações e derivativos."

Sobre a desvalorização de cerca de 35% das ações do TC desde o IPO no fim de julho, o CEO disse que a queda está em linha com o momento difícil da bolsa.

"As ações que foram listadas mais recentemente são as mais afetadas [pela piora do mercado] porque têm menor liquidez", afirmou. "Trabalhamos para entregar resultado trimestre a trimestre e para evoluir o produto."

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