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Taxas recuam com notícias locais e fala de Yellen nos EUA

No fim da sessão regular do mercado de juros na B&MFBovespa, o contrato de DI para abril de 2015 (56.785 contratos) tinha taxa de 12,465%


	Bovespa: declarações de Janet Yellen aliviaram pressão sobre juros futuros, que terminaram em baixa
 (Germano Lüders/EXAME)

Bovespa: declarações de Janet Yellen aliviaram pressão sobre juros futuros, que terminaram em baixa (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 17h42.

São Paulo - As declarações da presidente do Federal Reserve (Fed), Janet Yellen, que frustrou expectativas, nesta terça-feira, 24, ao reafirmar a postura de relaxamento monetário da instituição, somadas à aprovação da extensão da dívida grega e a notícias domésticas, aliviaram a pressão sobre os juros futuros, que terminaram em baixa.

O PMDB anunciou na noite de ontem seu apoio às medidas provisórias que endurecem o acesso a benefícios trabalhistas, como o abono salarial e o seguro-desemprego, e adiou a votação do veto da presidente Dilma Rousseff à proposta de reajuste de 6,5% da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para 2015 que ocorreria hoje.

A notícia contribuiu para a baixa dos juros já no início da sessão, apesar de dados do IPCA-15 mostrarem resultado acima da mediana das projeções.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 subiu 1,33% em fevereiro, no resultado mais elevado desde fevereiro de 2013 (+2,19%).

Em janeiro o índice teve alta de 0,89%. O resultado ficou acima da mediana das estimativas, de aumento de 1,30%, e dentro do intervalo previsto, com taxa entre 1,21% e 1,38%.

Os dados da inflação acima das projeções não alteraram as apostas de alta de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic na reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, na próxima semana.

No início da tarde, os juros renovaram mínimas na sessão, acompanhando o enfraquecimento do dólar e dos rendimentos dos Treasuries (títulos do governo dos EUA), durante o discurso de Yellen no Congresso americano.

Ela frustrou as expectativas dos que esperavam um discurso mais favorável à alta dos juros.

A dirigente explicou que a palavra "paciente", que vem sendo utilizada pela instituição, significa manutenção de juros pelos próximos encontros.

Segundo Yellen, a política monetária altamente acomodatícia permanece apropriada, por enquanto.

Antes do aperto, entretanto, Yellen ressaltou em seu depoimento que o banco central deve retirar a expressão do comunicado.

A próxima reunião de política monetária do Fed ocorre em 17 e 18 de março e dirigentes estão preocupados que, quando remover a referência "paciente" de sua declaração de política monetária, os investidores possam acreditar que aumentos da taxa são iminentes.

O ambiente mais calmo no exterior, devido à notícia de que o Eurogrupo aprovou uma extensão por quatro meses do programa de ajuda financeira à Grécia, ajudou a alimentar o apetite por risco e a pressionar também os juros para baixo no Brasil.

A agenda de indicadores doméstica trouxe ainda os dados das transações correntes e do Investimento Estrangeiro Direto (IED).

O Banco Central informou que as transações correntes registraram déficit de US$ 10,654 bilhões em janeiro, resultado próximo da mediana das estimativas de déficit de US$ 10,9 bilhões.

Já o Investimento Estrangeiro Direto (IED) somou US$ 3,968 bilhões no primeiro do ano, superando a mediana das projeções de US$ 3,450 bilhões.

No fim da sessão regular do mercado de juros na B&MFBovespa, o contrato de DI para abril de 2015 (56.785 contratos) tinha taxa de 12,465%, ante 12,460% no ajuste anterior.

O contrato com vencimento em janeiro de 2016 (150.510 contratos) indicava 13,10%, ante 13,23% no ajuste da véspera.

O DI para janeiro de 2017 (235.905 contratos) tinha taxa de 12,99%, de 13,14%.

E o DI para janeiro de 2021 (132.390 contratos) registrava 12,54%, de 12,71%.

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