Mercados

Taxas futuras voltam a subir sustentadas por dólar

Incertezas em relação ao desempenho da economia brasileira contribuíram para manter as taxas, sobretudo longas, pressionadas


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para abril de 2014 (63.495 contratos) marcava 10,490%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para abril de 2014 (63.495 contratos) marcava 10,490% (BM&FBovespa/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2014 às 16h10.

São Paulo - A firme valorização do dólar ante o real, de quase 1%, puxou junto os juros futuros, que foram impulsionados também por outros fatores, incluindo a elevação na taxa CDI.

Em meio a isso, as incertezas em relação ao desempenho da economia brasileira, reforçadas hoje por um novo corte nas projeções de crescimento trazidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), contribuíram para manter as taxas, sobretudo longas, pressionadas.

Nesse cenário, ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para abril de 2014 (63.495 contratos) marcava 10,490%, de 10,464% no ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2015 (336.020 contratos) apontava 11,07%, de 11,01% no ajuste de ontem. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (165.370 contratos) estava em 12,49%, de 12,39% na véspera. O DI para janeiro de 2021 (7.495 contratos) indicava 13,07%, de 12,98% no ajuste anterior.

O dólar avançou ante o real nesta terça-feira, 21, em um movimento de correção após a queda desta segunda-feira, 20, para o menor nível em mais de um mês, e acompanhando a valorização da moeda norte-americana frente a outras rivais, em meio à expectativa de que o Federal Reserve reduza novamente suas medidas de estímulo este mês. Assim, o dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,3620, uma alta de 0,98%.

Outro fator que impulsionou os juros futuros foi a elevação da taxa CDI, que após ter passado para 10,34% na sexta-feira, se manteve em um nível alto ontem, a 10,35%. Ao mesmo tempo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou hoje suas projeções de crescimento para o Brasil, a 2,3% este ano e 2,8% em 2015, o que colaborou para manter as taxas, sobretudo longas, pressionadas.

No noticiário doméstico, o Ministério do Trabalho divulgou momentos atrás que foram fechadas 449.444 vagas em dezembro no âmbito do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), resultado levemente melhor que a mediana das previsões dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de eliminação de 451.371 vagas. O resultado de 2013, com criação de 1.117.171 postos de trabalho, foi o pior desde 2003.

Mais cedo, a Serasa Experian informou que seu indicador de inadimplência registrou em 2013 queda de 2% na comparação com o ano anterior, o primeiro recuo anual desde 2000, início da série histórica do indicador. Em dezembro, a inadimplência do consumidor caiu 6,5% em relação ao mesmo mês de 2012 - sétima queda mensal consecutiva nessa base de comparação -, mas teve alta de 2,7% ante novembro.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasJurosservicos-financeirosTaxas

Mais de Mercados

B3 lança novo índice que iguala peso das empresas na carteira

Carrefour Brasil: desabastecimento de carne bovina afeta lojas do Atacadão

WEG (WEGE3) anuncia compra da Reivax

Pacote fiscal, Carrefour e taxação de Trump: os assuntos que movem o mercado