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Taxas futuras recuam com números fiscais e dólar

De acordo com profissionais da área de renda fixa, o baixo volume de negócios distorce um pouco o comportamento dos juros


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para julho de 2014 (42.280 contratos) estava em 10,30%, de 10,32%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para julho de 2014 (42.280 contratos) estava em 10,30%, de 10,32% (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2013 às 16h03.

São Paulo - As taxas futuras de juros passaram o dia exibindo viés de baixa e assim terminaram o pregão desta sexta-feira, influenciadas pelos bons números das contas públicas - governo central e setor público consolidado - e do IGP-M que, vale notar, vieram mais ou menos em linha com as expectativas do mercado.

De acordo com profissionais da área de renda fixa, o baixo volume de negócios distorce um pouco o comportamento dos juros, que atingem máximas e mínimas com qualquer operação.

Ainda assim, o fato de os últimos números importantes a serem conhecidos em 2013 terem sido positivos contribuiu para o recuo dos juros domésticos. Na reta final dos negócios, as sucessivas mínimas batidas pelo dólar fizeram com que as taxas futuras de juros aprofundassem o movimento de baixa.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para julho de 2014 (42.280 contratos) estava em 10,30%, de 10,32% no ajuste de ontem.

A taxa do DI para janeiro de 2015 (79.210 contratos) marcava 10,59%, de 10,63% no ajuste anterior. Na ponta mais longa da curva a termo de juros, o DI para janeiro de 2017 (84.780 contratos) apontava mínima de 12,31%, de 12,40% na véspera. O DI para janeiro de 2021 (14.090 contratos) indicava taxa mínima de 13,05%, ante 13,12% no ajuste anterior.

O dólar operou em queda diante do real ao longo de todo o pregão, mas foi na reta final que abandonou o nível de R$ 2,35 e passou a renovar mínimas.

Na avaliação de profissionais da área de câmbio, além do fluxo positivo e de seguir o comportamento da moeda no exterior, alguns investidores podem ter se antecipado para a formação da Ptax de dezembro, uma vez que na segunda-feira, último dia útil do ano, a liquidez tende a ser bastante estreita. O dólar à vista no balcão terminou cotado a R$ 2,3420, com desvalorização de 0,76%.


Mais cedo, os analistas e investidores acompanharam a última bateria de dados importantes conhecida em 2013. Pela manhã, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que a taxa de inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) mostrou uma importante aceleração em dezembro, com alta de 0,60%, na margem, após o avanço de 0,29% observado em novembro.

Mesmo assim, o resultado ficou abaixo da mediana das previsões dos analistas ouvidos AE Projeções, de 0,63%. Em 2013, o IGP-M acumulou alta de 5,51%, também abaixo da mediana, de 5,55%, e bem menor que o avanço de 7,82% em 2012.

Logo depois, o Tesouro Nacional anunciou que as contas do governo central apresentaram em novembro um superávit primário recorde de R$ 28,849 bilhões.

O número, porém, ficou abaixo da mediana das projeções, de R$ 30 bilhões. À tarde, o Banco Central informou que o setor público consolidado, que inclui governo central, governos regionais e estatais, teve superávit primário de R$ 29,745 bilhões em novembro.

O resultado é o melhor desempenho para os meses de novembro da série histórica. Ainda assim, o número também ficou um pouco abaixo da mediana das projeções, de R$ 31,8 bilhões.

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