Mercados

Taxas futuras longas voltam a cair

Apostas majoritárias embutidas nas taxas são de que Selic subirá 0,25 ponto porcentual, para 10,75% ao ano, ainda que alta de 0,50 ponto não esteja descartada


	Bovespa: no fim do pregão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2014 (103.955 contratos) projetava 10,591%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: no fim do pregão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2014 (103.955 contratos) projetava 10,591% (BM&FBovespa/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2014 às 17h23.

São Paulo - Os indicadores em linha com o esperado e a queda do dólar ajudaram a manter as taxas de juros mais longas em baixa, enquanto os contratos mais curtos terminaram com viés de queda, mas perto da estabilidade, à medida que os investidores aguardam a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) amanhã.

As apostas majoritárias embutidas nas taxas são de que a Selic subirá 0,25 ponto porcentual, para 10,75% ao ano, ainda que uma alta de 0,50 ponto não esteja descartada.

No fim do pregão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2014 (103.955 contratos) projetava 10,591%, ante 10,578% no ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2015 (242.360 contratos) apontava 11,02%, de 11,05% no ajuste anterior. No trecho intermediário e longo, o DI para janeiro de 2017 (350.860 contratos) tinha taxa de 12,08%, de 12,16% ontem. O DI para janeiro de 2021 (41.720 contratos) estava em 12,59%, de 12,71% no ajuste anterior.

Além do dólar, que encerrou com baixa de 0,21% no mercado à vista de balcão, cotado a R$ 2,3390 - menor valor desde 17 de dezembro de 2013 e mesma cotação de 20 de janeiro -, o declínio dos juros também teve influência do resultado positivo de um leilão de NTN-Bs.

O Tesouro vendeu quase todo o lote ofertado, que era de até 1,75 milhão, e pagou um valor bem abaixo do registrado em outro leilão deste mesmo papel no início do mês.

Enquanto o mercado aguarda a decisão de política monetária do Banco Central, os indicadores não trouxeram surpresa, entre eles os da arrecadação federal.

De acordo com a Receita, a arrecadação de contribuições e impostos federais somou R$ 123,667 bilhões em janeiro dentro do intervalo das estimativas. O valor é recorde e representou uma alta real (com correção da inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 3,91% em relação a dezembro de 2013 e um avanço de 0,91% ante janeiro do ano passado.

Ainda entre os dados conhecidos hoje no Brasil, a inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ficou em 0,58% na terceira quadrissemana de fevereiro, o que corresponde à desaceleração ante a leitura anterior e representou o piso das estimativas (0,58%).

Pelo Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), também perdeu força (0,44% em fevereiro, ante 0,70% no mês anterior e ligeiramente abaixo da mediana de 0,45%).

À tarde, o Tesouro Nacional informou que a Dívida Pública Federal (DPF) caiu R$ 76,506 bilhões em janeiro, apresentando uma queda de 3,60% ante dezembro. O estoque recuou para R$ 2,046 trilhões. A participação de investidores estrangeiros na Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu de 16,1% do estoque em dezembro para 17,2% em janeiro, totalizando R$ 335,37 bilhões.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasJurosservicos-financeirosTaxas

Mais de Mercados

Dólar fecha em alta, a R$ 5,56, com mais temores sobre tarifas de Trump

Presidente de investimentos da Vanguard alerta: 'Saia das ações americanas'

CEO da LVMH, dona da Louis Vuitton, negocia com Trump para proteger marcas de luxo

Volkswagen corta projeções após tarifas dos EUA derrubarem lucro no 2º tri