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Taxas futuras fecham em queda com IPCA e IGP-M

Ao fim da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato do depósito interfinanceiro (DI) para julho de 2014 (150.395 contratos) tinha taxa de 10,853%


	Bovespa: agora há maioria no mercado que acredita em manutenção da Selic nesse mês
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: agora há maioria no mercado que acredita em manutenção da Selic nesse mês (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2014 às 17h01.

São Paulo - Os juros futuros fecharam em queda nesta sexta-feira, 9, em um dia de giro forte após a divulgação do IPCA de abril no piso das estimativas e com a primeira prévia do IGP-M de maio também abaixo do esperado.

Com isso, agora há uma maioria no mercado que acredita em manutenção da Selic na reunião deste mês, embora ainda existam aqueles que aguardam dados de atividade e o IPCA-15 de maio para fechar suas apostas.

Ao fim da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato do depósito interfinanceiro (DI) para julho de 2014 (150.395 contratos) tinha taxa de 10,853%, de 10,875% no ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2015 (126.280 contratos) estava em 10,98%, de 11,02% no ajuste de ontem. Na ponta mais longa da estrutura a termo da curva de juros, o DI para janeiro de 2017 (226.685 contratos) projetava 12,12%, de 12,20% no ajuste anterior.

E o DI para janeiro de 2021 (39.505 contratos) marcava máxima de 12,38%, de 12,41%. Em Nova York, o yield da T-note de 10 anos estava em 2,622%, de 2,612% no fim da tarde de ontem.

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou abril com alta de 0,67%, ante uma variação de 0,92% em março, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou no piso do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de uma taxa de 0,67% a 0,85%, com mediana de 0,80%.

No ano, o IPCA acumulou uma alta de 2,86%. Em 12 meses, a taxa ficou em 6,28%, abaixo do teto da meta estipulada pelo governo, de 6,5%.

Já a FGV informou que o IGP-M subiu apenas 0,06% na primeira prévia de maio, de +0,72% na mesma coleta de abril, um pouco abaixo do piso das estimativas, de 0,07%.

A queda dos juros só não foi maior em função da alta no yields dos Treasuries e da valorização do dólar.

A divisa norte-americana tem ganhos generalizados no exterior, em função dos receios com a crise na Ucrânia, enquanto aqui os operadores locais aproveitam para recompor posições em dólar, após a moeda ter caído nas três sessões anteriores.

O real, que vinha subindo também em função das especulações sobre a corrida eleitoral, hoje devolve parte dos ganhos após a pesquisa Datafolha confirmar queda de Dilma Rousseff e alta de Aécio Neves.

Nesse cenário, aumentou a possibilidade de segundo turno.

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