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Taxas futuras de juros terminam perto da estabilidade

Diante da agenda de indicadores esvaziada e de decisão do Copom nesta quarta-feira, mercado buscou referência em outros ativos para se guiar

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2014 às 17h29.

São Paulo - As taxas futuras de juros terminaram esta terça-feira, 15, entre a estabilidade e leve alta, com as atenções divididas entre o câmbio e os yields dos Treasuries, e registraram melhora no volume negociado em relação à véspera.

Diante da agenda de indicadores esvaziada e do consenso em torno da decisão do Copom nesta quarta-feira, 16 - a expectativa de estabilidade da Selic em 11,00% está amplamente precificada na curva a termo -, o mercado buscou referência em outros ativos para se guiar.

No término da sessão, o DI janeiro de 2016 fechou em 11,10%, de 11,09% no ajuste anterior, e giro de 142.380 contratos.

O DI janeiro de 2017 ficou em 11,41%, ante 11,40% no ajuste de ontem, com 226.350 contratos, e o DI janeiro de 2021 encerrou em 11,85%, de 11,87% ontem, e 25.590 contratos. Nos curtos, DI janeiro de 2015 ficou estável em 10,77% (111.490 contratos).

Após começar o dia ao redor dos ajustes anteriores, ainda pela manhã os juros passaram a subir e bater as máximas na medida em que as taxas dos Treasuries, sobretudo a T-Note de dez anos, reagiam também em alta ao depoimento da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, ao Senado dos EUA.

À tarde, contudo os juros dos títulos norte-americanos inverteram o sinal e passaram a cair. Com isso, as taxas futuras aqui devolveram o aumento, mas não chegaram a ter queda firme limitadas pelo dólar em alta. No balcão, o dólar encerrou com alta de 0,41%, cotado em R$ 2,2220.

Na leitura dos investidores, Yellen indicou que a taxa dos Fed Funds poderia subir antes do que o mercado espera, ao fazer referências ao comportamento do mercado de trabalho.

Ela reafirmou, porém, que a alteração na política de juro acomodatícia do Fed está ligada principalmente à recuperação do mercado de trabalho.

"Se o mercado de trabalho continuar a melhorar mais rapidamente do que o antecipado pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), resultando em uma convergência mais rápida no sentido de nosso mandato duplo, então o aumento dos Fed funds poderia ocorrer mais rápido do que o esperado", afirmou.

Com isso, as chances de uma elevação das taxas na reunião de junho de 2015 avançaram para 50%, de 44% ontem, segundo a provedora de dados CME Group.

Contudo, Yellen disse não haver uma fórmula ou resposta automática para o momento da primeira elevação dos juros, mas apontou que a maioria dos membros do Fomc espera que isso ocorra em 2015 e que os Fed funds terminem o próximo ano próximos de 1%.

De forma geral, o mercado continua em busca de uma bússola que possa ditar uma tendência mais firme, uma vez que a expectativa é que a política monetária doméstica siga na mesma nos próximos meses.

Além de aguardar a divulgação das próximas pesquisas eleitorais, que devem captar o efeito da Copa sobre as intenções de voto, também poderá dar algum norte para as taxas o resultado das vendas do varejo de maio que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga amanhã. A

s expectativas são de um número fraco, que pode acender a luz amarela para o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre.

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