Mercados

Taxas futuras de juros recuam com cronograma para reforma

Às 9h58, O DI para janeiro de 2019 caía a 6,980%, na mínima, de 7,01% no ajuste de sexta-feira

B3: juros futuros recuavam com a reforma da Previdência no radar (Germano Lüders/Site Exame)

B3: juros futuros recuavam com a reforma da Previdência no radar (Germano Lüders/Site Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de dezembro de 2017 às 10h28.

São Paulo - Os juros futuros ajustam-se em baixa na manhã desta segunda-feira, 11, na esteira do dólar, em meio à negociação do cronograma da reforma da Previdência.

No sábado, ficou acertado em Brasília que o início da discussão da reforma da Previdência na Câmara será na quinta-feira, dia 14, e a possível votação na próxima semana.

No domingo, o presidente Michel Temer disse que "talvez seja possível" votar a proposta ainda em 2017. "Se não for neste ano, será no início do ano que vem."

Além disso, o governo conseguiu que mais um partido fechasse questão para votar em bloco a favor da matéria, o PPS, depois do PMDB e do PTB. O PPS tem nove deputados e os outros dois partidos somam 76. O governo precisa de 308 votos.

Temer disse acreditar que partidos do Centrão vão obrigar suas bancadas no Congresso a votar a favor da reforma. "Falei com os presidentes do PP, PSD e agora com o do PRB. Estão todos entusiasmados com eventual fechamento de questão (votação em bloco pela aprovação da proposta)."

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pré-candidato à Presidência da República em 2018 e que assumiu no sábado como presidente nacional do PSDB defendeu a reforma publicamente.

Em participação no Fórum Estadão na manhã desta segunda, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Wellington Moreira Franco, disse que "em relação à Previdência, o futuro chegou", ao tratar da urgência da mudança nas regras das aposentadorias.

Às 9h58, O DI para janeiro de 2019 caía a 6,980%, na mínima, de 7,01% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2020 estava em 8,26%, de 8,29% no ajuste de sexta-feira.

O DI para janeiro de 2021 recuava a 9,200, de 9,24% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2023 estava em 10,07%, de 10,11% no ajuste anterior.

No câmbio, o dólar à vista recuava à mínima, aos R$ 3,2814 (-0,44%). O dólar futuro de janeiro caía 0,35%, aos R$ 3,2875.

Na Pesquisa Focus, o mercado financeiro reduziu suas projeções para o IPCA em 2017 de 3,03% para 2,88%. Já a projeção para o índice de 2018 permaneceu em 4,02%. Já a projeção de alta do PIB em 2017 aumentou de 0,89% para 0,91% e, para 2018, de 2,60% para 2,62%. A estimativa para Selic em 2018 segue em 7%.

Mais cedo, foi divulgado também que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,73% na primeira prévia de dezembro, após ter recuado 0,02% na primeira prévia de novembro.

Com o resultado, o índice acumulou recuo de 0,68% no último mês do ano, o equivalente a uma redução também de 0,68% em 12 meses.

Já o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou em cinco das sete capitais pesquisadas na primeira quadrissemana de dezembro em relação à leitura anterior, divulgou a instituição nesta segunda-feira.

No geral, o IPC-S avançou de 0,03 ponto porcentual para 0,39% entre os dois períodos.

Acompanhe tudo sobre:JurosMercado financeiroReforma da Previdência

Mais de Mercados

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol