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Taxas futuras de juros caem com IBC-Br

No quarto trimestre de 2013, o IBC-Br teve queda de 0,17% em relação ao trimestre anterior (mediana de estabilidade), o que já configuraria uma recessão técnica


	Bovespa: no trecho intermediário e longo, o DI para janeiro de 2017 (127.495 contratos) estava em 12,69%, de 12,76% no ajuste anterior
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: no trecho intermediário e longo, o DI para janeiro de 2017 (127.495 contratos) estava em 12,69%, de 12,76% no ajuste anterior (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 16h15.

São Paulo - As taxas futuras de juros retomaram o movimento de baixa nesta sexta-feira, 14, conduzidas principalmente pelo resultado abaixo do esperado para o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), mas também de olho no comportamento de queda do dólar.

O IBC-Br teve queda de 1,35% em dezembro ante novembro, com ajuste, ante projeções de recuo de 1,20%. Na comparação com igual mês de 2012, houve elevação de 0,71%, inferior à previsão de alta 1,00%.

No quarto trimestre de 2013, o IBC-Br teve queda de 0,17% em relação ao trimestre anterior (mediana de estabilidade), o que já configuraria uma recessão técnica, uma vez que o indicador também havia ficado no campo negativo no terceiro trimestre do ano passado. O resultado de 2013 ante o ano anterior coincidiu com a mediana das estimativas (alta de 2,52%).

Com isso, no fim do pregão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 (400.560 contratos) apontava 10,569% de 10,595% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (336.245 contratos) tinha taxa de 11,32%, ante 11,38% no ajuste anterior.

No trecho intermediário e longo, o DI para janeiro de 2017 (127.495 contratos) estava em 12,69%, de 12,76% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 (14.715 contratos) indicava 13,12%, ante 13,17%.

Os números do IBC-Br pressionaram os juros para baixo, à medida que reforçaram a possibilidade de uma recessão técnica do País e, com isso, as apostas de que o Banco Central poderia reduzir o ritmo da alta da Selic.

Apesar dessa leitura, o mercado continua a apostar, majoritariamente, em elevação de 0,50 ponto porcentual da taxa básica de juros nos próximos dias 25 e 26. As projeções levam em conta as declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e do diretor de diretor de Política Econômica da instituição, Carlos Hamilton, ontem, que sinalizaram que o está comprometido em conter a inflação.

Tanto que o dólar ante o real já abriu o dia em queda, dando continuidade à reação vista ontem, com a sinalização de Tombini de que o BC pode usar as reservas cambiais para conter o impacto da desvalorização do real sobre a economia. Ao término da negociação, a moeda dos EUA caiu 0,91% no mercado à vista de balcão, cotada a R$ 2,3840.

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