Mercados

Taxas futuras caem com dólar e cancelamento de leilão

A moeda norte-americana foi impactada pela especulação no mercado futuro em torno dos dados de emprego no setor privado dos EUA


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, contrato de DI com vencimento em abril de 2014 projetava 10,589% (na mínima)
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, contrato de DI com vencimento em abril de 2014 projetava 10,589% (na mínima) (BM&FBovespa/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 16h05.

São Paulo - Os juros futuros fecharam em queda nesta quarta-feira, 5, após a decisão do Tesouro de cancelar um leilão nesta quinta-feira, 6, além de um movimento técnico depois das altas recentes e da retração do dólar ante o real.

A moeda norte-americana, por sua vez, foi impactada pela especulação no mercado futuro em torno dos dados de emprego no setor privado dos EUA.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em abril de 2014 (228.500 contratos) projetava 10,589% (na mínima), ante 10,585% no ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2015 (476.490 contratos) indicava 11,46%, ante 11,57% no ajuste de ontem. No trecho mais longo da curva a termo, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (248.745 contratos) apontava 12,75%, ante 12,91% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2021 (14.975 contratos) estava em 13,19%, ante 13,30% no ajuste anterior.

Na noite de terça-feira, 4, o Tesouro anunciou o cancelamento do leilão de títulos prefixados que seria realizado na quinta. Segundo o economista da LCA Consultores, Antônio Madeira, a medida mostra que o Tesouro está tentando acalmar os mercados e não corroborar as taxas elevadas atuais.

"O Tesouro não quer pressionar o mercado oferecendo mais papéis, dado que a inclinação da curva aumentou bastante. Os prêmios estão muito altos e o Tesouro prefere esperar uma normalização", comenta.

A queda dos juros no início da sessão se somou ao recuo do dólar e acabou gerando algumas ordens de 'stop loss' de taxas, que amplificaram o movimento de baixa. "Até recentemente, esses 'stops' eram para cima'. Agora, com muita gente vendendo aquilo que tomou nos últimos dias, o 'stop' é para baixo", comenta um operador.

Há pouco a agência de classificação de risco de crédito Moody's elevou o rating do México para A3, de Baa1, elogiando as reformas estruturais adotadas pelo país. A notícia ajudou a reduzir os temores com uma crise emergente e impulsionou ainda mais o real.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasJurosservicos-financeirosTaxas

Mais de Mercados

Presidente de investimentos da Vanguard alerta: 'Saia das ações americanas'

CEO da LVMH, dona da Louis Vuitton, negocia com Trump para proteger marcas de luxo

Volkswagen corta projeções após tarifas dos EUA derrubarem lucro no 2º tri

Ibovespa opera volátil; dólar sobe