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Taxas de juros de longo prazo sobem após ata do Copom

Documento divulgado nesta terça-feira mostrou a preocupação do Banco Central com a reforma da Previdência

Juros: às 9h38, o DI para janeiro de 2019 estava em 6,98%, de 6,99% no ajuste anterior (Paulo Whitaker/Reuters)

Juros: às 9h38, o DI para janeiro de 2019 estava em 6,98%, de 6,99% no ajuste anterior (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de dezembro de 2017 às 10h21.

São Paulo - Os juros futuros de curto e médio prazos oscilam perto dos ajustes anteriores na manhã desta terça-feira, 12, enquanto as taxas longas mostram viés de alta.

Para operadores de renda fixa, o ajuste positivo dos juros longos reflete a preocupação do Banco Central com a reforma da Previdência exibida na ata do Copom divulgada mais cedo.

No documento, o BC diz que "a flexibilização na próxima reunião parece adequada sob a perspectiva atual. Mas avaliaram que cabia advertir que essa visão é mais suscetível a mudanças na evolução do cenário e seus riscos que nas reuniões anteriores". Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou a taxa Selic de 7,50% para 7,00% ao ano, o menor patamar da história.

A ata, o BC reafirma que pode voltar a cortar a taxa básica de juro, mas num ritmo ainda menor, de 0,25 ponto porcentual. "Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme o esperado, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, o Comitê vê, neste momento, como adequada uma redução moderada na magnitude de flexibilização monetária", disse o BC.

O colegiado ressaltou que "essa visão para a próxima reunião é mais suscetível a mudanças na evolução do cenário e seus riscos que nas reuniões anteriores".

Entre os riscos destacados pelo BC em seus documentos está a frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas.

Na prática, a instituição observa com atenção o andamento da reforma da Previdência no Congresso. A instituição repetiu ainda, na ata desta terça, que "para frente, o Comitê entende que o atual estágio do ciclo (de cortes da Selic) recomenda cautela na condução da política monetária". Neste caso, a sinalização é de que, após fevereiro, a instituição estará mais cautelosa e pode, na prática, não movimentar a Selic.

Às 9h38, o DI para janeiro de 2019 estava em 6,98%, de 6,99% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2020 estava em 8,29%, igual ao ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2021 subia a 9,27%, de 9,25% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2023 avançava a 10,18%, de 10,14% no ajuste anterior.

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