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Taxas de juros caem bastante por dólar e após BC dos EUA

As chances de a Selic subir apenas 0,25 ponto porcentual na última reunião do ano, em novembro, reapareceram nas apostas


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (407.410 contratos) marcava 9,23%
 (Getty Images)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (407.410 contratos) marcava 9,23% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2013 às 17h04.

São Paulo - O banco central dos Estados Unidos contrariou expectativas de parcela relevante do mercado e manteve na tarde desta quarta-feira, 18, os estímulos à economia do país, com compras mensais de US$ 85 bilhões em ativos.

A reação à decisão do Federal Reserve foi imediata: os juros futuros, sobretudo de longo prazo, passaram a cair com força, acompanhando as mínimas do dólar e a queda dos juros dos Treasuries, papéis da dívida do Tesouro dos EUA.

Assim, as chances de a Selic subir apenas 0,25 ponto porcentual na última reunião do ano, em novembro, reapareceram nas apostas. E os juros de 10 anos voltaram a operar abaixo de 12%. Depois disso, todo o resto acabou em segundo plano, incluindo a participação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em audiência pública na Câmara dos Deputados.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (407.410 contratos) marcava 9,23%, de 9,27% no ajuste anterior e 9,24% pouco antes do Fed. O vencimento para janeiro de 2015 (401.695 contratos) indicava taxa de 10,11%, de 10,36% na véspera e 10,26% minutos antes do Fed.

Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (301.090 contratos) apontava mínima de 11,15%, de 11,65% na véspera e 11,57% antes do Fed. A taxa do DI para janeiro de 2023 (5.790 contratos) estava na mínima de 11,75%, de 12,17% no ajuste anterior e 12,07% pouco antes do Fed. O juro da T-note de 10 anos marcava 2,689% às 16h43 (horário de Brasília), de 2,850% no fim da tarde de terça-feira.


"Está todo mundo desmontando posições nos juros e no dólar. Ainda que não fosse unânime, a expectativa predominante era de que o Fed iniciaria a redução dos estímulos. Isso não ocorreu e o caminho natural foi essa correção", afirmou um operador.

"Com o dólar perdendo força, a inflação ao consumidor ainda comportada e essa decisão do Fed, as duas altas de 0,50 ponto porcentual para a Selic neste ano passaram a ser o teto do aperto", disse o sócio gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi. Não à toa, as chances de a Selic subir 0,50 ponto porcentual no encontro do Copom em outubro e, depois, mais 0,25 ponto em novembro voltaram a ganhar força.

Pela manhã, a FGV informou que a segunda prévia do IGP-M teve alta de 1,36%, acima do teto das estimativas dos analistas do mercado financeiro (1,3%) e com clara influência do repasse da desvalorização do real para os preços. Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou alta de 0,16% na segunda quadrissemana de setembro, recuo em relação à primeira leitura do mês (0,21%) e próximo do piso das expectativas (0,15% a 0,26%, com mediana de 0,23%).

Tombini, na audiência na Câmara, voltou a destacar a importância do programa de intervenção cambial anunciado pelo Banco Central em meados de agosto. Nesta sessão, o dólar à vista, desabou 2,97%, para R$ 2,192.

Sobre a inflação, Tombini disse que os preços ainda estão em patamares desconfortáveis, mas retomaram a tendência de declínio. Sobre a atividade, o presidente do BC avaliou que a percepção dos agentes econômicos ainda está mais pessimista do que revelam os números da economia.

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