Mercados

Taxas com vencimento mais curto sobem no pregão

As taxas de juros de curto prazo passaram a subir em meio ao avanço do dólar no período da manhã e também com os comentários sobre a meta de inflação


	Bovespa: no fim do pregão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro com vencimento em abril de 2014 projetava taxa de 10,587%, na mínima
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: no fim do pregão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro com vencimento em abril de 2014 projetava taxa de 10,587%, na mínima (BM&FBovespa/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 16h36.

São Paulo - Os juros futuros de curto prazo subiram no pregão de hoje, à medida que os investidores deixaram a queda do dólar de lado e se concentraram em comentários sobre a disposição da presidente Dilma Rousseff de incluir o compromisso do governo em perseguir a meta de 4,5% em discursos recentes será repetida em novas apresentações.

Os DIs iniciaram o dia em leve queda, com liquidez bastante reduzida, ante a expectativa por dados econômicos aqui e lá fora e também devido aos resquício do efeito do cancelamento do leilão de venda de títulos prefixados.

As taxas de juros de curto prazo, no entanto, passaram a subir em meio ao avanço do dólar no período da manhã e também com os comentários sobre a meta de inflação.

O fato de a presidente não ter mencionado quando se dará essa convergência não foi bem recebido por parte dos operadores. A leitura foi de que isso significaria um aperto monetário mais intenso.

No lado da atividade, foram divulgados nesta quinta-feira os números das produção de automóveis. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) informou que a produção de veículos subiu 2,9% em janeiro ante dezembro, mas as vendas caíram 11,7% na mesma base de comparação.

No fim do pregão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro com vencimento em abril de 2014 (205.025 contratos) projetava taxa de 10,587%, na mínima, ante 10,589% no ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2015 (302.040 contratos) indicava 11,49%, de 11,46% no ajuste da véspera. No trecho longo da curva, o DI para janeiro de 2017 (172.690 contratos) tinha taxa de 12,73%, ante 12,75% na véspera. O DI para janeiro de 2021 (14.495 contratos) estava em 13,16%, de 13,19% no ajuste de ontem.

O dólar, que vinha ditando o ritmo dos juros nos últimos dois dias, operou com volatilidade na primeira parte da sessão. A moeda sofreu impacto de um fluxo negativo devido a compras por importadores e da queda nos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA.

O Departamento de Trabalho americano disse que as solicitações do benefício caíram para 331 mil na semana passada, ante previsão de que recuariam a 335 mil. No fim, em linha com exterior, o dólar à vista no balcão fechou cotado a R$ 2,3830, uma baixa de 0,71%.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasservicos-financeirosB3bolsas-de-valoresJurosTaxas

Mais de Mercados

Ambipar perde R$ 4 bi em valor de mercado após conseguir proteção na Justiça contra credores

Assaí (ASAI3) fecha entre as maiores baixas do Ibovespa após processar GPA

Ibovespa fecha abaixo dos 146 mil pontos com dúvida sobre próximos passos do Fed

Dólar fecha em alta, a R$ 5,36, após dados fortes sobre economia dos EUA