Redatora
Publicado em 17 de julho de 2025 às 08h07.
Nesta quinta-feira, 17, os mercados operam sob a tensão das tarifas dos Estados Unidos e de um ambiente político mais conturbado no Brasil. Representantes do Executivo enviaram uma carta formal aos EUA pedindo a abertura de negociações, enquanto o presidente Lula deve se pronunciar em rede nacional para tratar do tema. Nos bastidores, há receio de que outras medidas restritivas estejam em avaliação, inclusive o Pix.
O clima político interno também segue agitado. Na véspera, o Supremo Tribunal Federal considerou constitucional o decreto que restabelece a cobrança do IOF sobre operações de crédito, garantindo uma vitória importante ao governo.
No Congresso, o Senado aprovou em primeiro turno a PEC dos Precatórios e a Câmara aprovou um projeto de lei que flexibiliza as regras do licenciamento ambiental no país.
A agenda econômica desta quinta-feira, 17, no Brasil, começa às 8h, com a FGV divulgando o IGP-10 de julho, que deve reforçar o cenário de deflação observado nos últimos meses.
Nos Estados Unidos, os dados mais aguardados chegam às 9h30, com as vendas no varejo de junho e os pedidos semanais de auxílio-desemprego. Às 11h, sai o índice de confiança das construtoras (NAHB).
Ao longo do dia, dirigentes do Federal Reserve fazem aparições públicas que podem trazer pistas sobre a política monetária americana. Adriana Kugler fala às 11h, seguida por Lisa Cook às 14h30 e Mary Daly às 14h45. À noite, Christopher Waller discursa às 19h30.
No Brasil, o vice-presidente Geraldo Alckmin tem reunião às 17h com Jorge Viana, presidente da Apex. Ainda nesta quinta, o presidente Lula deve se pronunciar em rede nacional para abordar as tarifas impostas pelos EUA.
No cenário internacional, ocorre também uma reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 na África do Sul.
Na frente corporativa, os balanços do dia incluem GE Aerospace e PepsiCo antes da abertura em Nova York, e, após o fechamento, os resultados de Western Alliance e Netflix.