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Tarifa dos EUA afeta desempenho de ADRs brasileiras; Embraer lidera perdas

A companhia está entre as mais vulneráveis aos efeitos das tarifas e pode ter um aumento de custos estimado em até US$ 70 milhões

Publicado em 10 de julho de 2025 às 19h47.

Última atualização em 10 de julho de 2025 às 19h57.

Os American Depositary Receipts (ADRs) de empresas brasileiras negociados em Nova York operaram em queda nesta quinta-feira, 10, diante do anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil.

O papel da Embraer foi o maior impactado e liderou as perdas. Os ADRs da companhia recuaram mais de 4%. A empresa é considerada uma das mais expostas ao impacto da política tarifária, com estimativa de redução de até US$ 70 milhões em seus custos, segundo análise do UBS.

O banco também calcula que, a cada 10% de aumento na tarifa, o lucro líquido projetado para 2026 pode cair 13%.

ADRs negativos

Outros ADRs também apresentam desempenho negativo. Petrobras (PBR) registraram queda de 0,39%, negociados a US$ 12,83. Os papéis do Itaú Unibanco (ITUB) caíram também mais de 4%, para US$ 6,37, enquanto os do Bradesco (BBD) recuaram 2,99%, cotados a US$ 2,92.

Na contramão, a Vale (VALE) apresentou leve alta de 0,96%, negociada a US$ 9,96, em meio à volatilidade do setor de commodities.

O índice Dow Jones Brazil Titans 20 ADR, que reúne os principais ADRs brasileiros, recuou 1,68%. Já o BNY Mellon Brazil ADR Index registrou queda de 1,73%.

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