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Tailândia proíbe vendas a descoberto na bolsa e endurece regras após tarifas de Trump

Medida tenta conter instabilidade na bolsa de Bangcoc, que acumula perda de quase 20% no ano

Publicado em 7 de abril de 2025 às 08h02.

Última atualização em 7 de abril de 2025 às 08h04.

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A Tailândia proibiu temporariamente as vendas a descoberto na bolsa e adotou novas restrições para conter a volatilidade no mercado local, afetado pela onda de tarifas dos Estados Unidos e por uma forte saída de investidores estrangeiros.

A Bolsa de Valores da Tailândia anunciou nesta segunda-feira, 7, que as medidas entram em vigor a partir de terça-feira e seguem até, no máximo, 11 de abril.

A suspensão inclui todos os títulos, exceto os operados por formadores de mercado, e uma redução na faixa de oscilação dos papéis. Os mercados no país estavam fechados no início da semana devido a um feriado local.

A iniciativa busca reduzir o impacto da turbulência causada pela resposta da China às tarifas dos Estados Unidos.

A Tailândia foi atingida com uma tarifa de 36% sobre suas exportações, uma das maiores da região. O país do sudeste asiático registrou superávit comercial de US$ 45 bilhões com os EUA em 2024.

Mesmo antes das novas taxas, o índice de referência SET já figurava entre os piores desempenhos globais. Na semana passada, caiu 4,3% e acumula recuo de quase 20% no ano, marcando o menor patamar em cinco anos.

A bolsa afirmou que continuará monitorando o mercado e poderá ajustar as medidas conforme a evolução das condições. As restrições também se aplicam ao Market for Alternative Investment (MAI) e à Thailand Futures Exchange (TFEX).

Novas regras de negociação

Entre os principais ajustes regulatórios, estão:

  • Redução do limite de oscilação diária de ações e fundos de ±30% para ±15% na SET e MAI;

  • Para ações estrangeiras, a faixa passou de ±60% para ±30%;

  • Para futuros de índices e ações, o teto e piso foram reduzidos de ±30% para ±15%;

  • DRs e DRx não estão sujeitos aos limites de oscilação;

  • A banda dinâmica de preços caiu de ±10% para ±5% do último preço executado;

  • Proibição de vendas a descoberto para todos os títulos, exceto formadores de mercado.

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