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Suzano (SUZB3) dispara na bolsa e sobe mais de 14% após desistir de comprar concorrente americana

Desistência foi informada em fato relevante na noite desta quarta-feira, 26. Mercado avalia movimento como positivo

Suzano (SUZB3): companhia dispara na bolsa após desistir de comprar concorrente internacional (SOPA Images/Getty Images)

Suzano (SUZB3): companhia dispara na bolsa após desistir de comprar concorrente internacional (SOPA Images/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 27 de junho de 2024 às 11h16.

Última atualização em 28 de junho de 2024 às 11h58.

Figurando entre a maior alta do dia, os papéis da Suzano (SUZB3) subiam 14,13% a R$ 57,99 às 11h10 desta quinta-feira, 27. O otimismo vem após a companhia desistir da compra da concorrente americana International Paper, empresa também do ramo de papel e celulose.

De acordo com o fato relevante, a Suzano, maior produtora de celulose do mundo, afirma que alcançou o que entende ser o preço máximo para que a transação gerasse valor, sem que houvesse engajamento da outra parte. A falta de interesse da International Paper, que está comprometida com uma fusão com a britânica DS Smith, foi um dos principais impedimentos.

“Cabe destacar que sempre foi condição da Suzano para a concretização desta transação que houvesse o engajamento entre as partes em bases privadas, confidenciais e amigáveis. Não tendo sido possível avançar dessa forma, a Suzano optou por encerrar as tratativas”, informou em fato relevante.

Mercado reage positivamente

O interesse de compra da International Paper pela Suzano foi confirmado em maio e, desde então, as ações caíram cerca de 20%. Isso porque o mercado tinha dúvidas sobre a capacidade financeira da fabricante brasileira de absorver a gigante americana. Segundo relatório publicado pela EQI Research, a notícia deve ser vista como alívio pelo mercado, com boa parte da queda do último mês sendo revertida daqui para a frente.

“Acreditamos que a ação deve ter um rali forte nos próximos dias. De fato, o valor envolvido na potencial transação era alto (US$ 15 bilhões em dinheiro), e o endividamento da empresa resultante pós aquisição seria elevado (próximo a 5x dívida líquida/Ebitida).”

Na época do anúncio do interesse de compra, o Safra destacou que as ações da Suzano ofereciam uma oportunidade de compra com um desconto atraente em relação ao seu valor justo, caso o acordo não fosse concretizado. Agora, o time de analista do banco reitera a visão, mas afirma: "Acreditemos que a empresa continuará buscando alvos para acelerar sua estratégia de fibra a fibra."

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