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Suzano avalia venda de ativos e pode renegociar covenant

Empresa também não descarta adiar seus investimentos ou realizar uma oferta de ações para melhorar sua dívida

Extração na Suzano: ações da empresa tem queda de 0,8%  (GERMANO LUDERS)

Extração na Suzano: ações da empresa tem queda de 0,8% (GERMANO LUDERS)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2011 às 12h08.

São Paulo - A Suzano Papel e Celulose SA avalia alternativas para melhorar o perfil de sua dívida e pode renegociar o covenant de sua emissão local de debêntures, disse o presidente, Antonio Maciel Neto.

A companhia avalia vender ativos do segmento de papel e uma participação em novos projetos de celulose para ajudar a diminuir sua dívida líquida para quatro vezes o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação, disse hoje Maciel em evento em São Paulo. Se a venda falhar, a companhia pode adiar investimentos ou realizar uma oferta de ações, disse ele. A Suzano pode também quitar os R$ 635 milhões de sua emissão local, disse Maciel.

A ação da companhia recuava 0,8 por cento para R$ 7,08 às 12:34. Esse é o terceiro dia consecutivo de queda.

A Suzano encerrou o terceiro trimestre com uma relação dívida líquida e Ebitda, na sigla em inglês, de 4,2 vezes, acima do limite para o covenant de sua dívida, que é de 4 vezes. No mesmo trimestre de 2010, essa relação era de 2,2 vezes.

A assessoria de imprensa externa da Suzano em São Paulo disse no dia 11 de novembro que a companhia “está trabalhando em alternativas para redução da alavancagem”, e que “a posição de caixa atual é de R$ 3 bilhões, o suficiente para equacionar a dívida dos próximos três anos.”

Plano de investimento

O investimento da Suzano somou R$ 2,86 bilhões nos primeiros nove meses do ano, comparado a R$ 399 milhões um ano antes, de acordo com o website da empresa. O projeto de celulose no Maranhão, que elevará a capacidade de produção em 1,5 milhão de toneladas a partir de 2013, está ajudando a elevar os gastos. A Suzano estima um custo total do projeto de US$ 2,9 bilhões.

No plano de investimento anunciado em junho, a Suzano estimou que a proporção entre dívida líquida e Ebitda não superaria 3,5 vezes em 2011.

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