O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell: reunião do BC americano na quarta-feira | Foto: Kevin Lamarque/Reuters (Kevin Lamarque/Reuters)
Repórter
Publicado em 1 de novembro de 2023 às 08h35.
Última atualização em 1 de novembro de 2023 às 09h06.
Os mercados internacionais operam sem uma direção definida na manhã desta quarta-feira, 1, enquanto investidores seguem à espera da decisão do Federal Reserve (Fed) e dados da economia americana. No Brasil, além dos fatores externos, há grande expectativa para o comunicado da decisão do Comitê de Política Monetária desta noite.
Quase ninguém mais espera por uma alta de juros na decisão do Fed prevista para às 15h. Nesta manhã investidores precificam em menos de 3% a chance de o Fed surpreender elevando o juro em 0,25 ponto percentual para entre 5,5% e 5,75%. Mas ainda que seja grande a probabilidade de a decisão de hoje sair em linha com as expectativas do mercado, ainda restam dúvidas sobre o futuro da política monetária americana. As questões chaves são se ainda há espaço para uma nova alta em dezembro e, especialmente, até quando os juros permanecerão altos nos Estados Unidos, disse Tiago Cunha, gestor de ações da Ace Capital, em entrevista recente à Exame. Para dezembro, investidores precificam cerca 73% de chance o Fed manter os juros inalterados nos Estados Unidos. Mas o cenário para o ano que vem ainda é de grande incerteza,
A decisão do Copom tampouco deve trazer novidade. A grande expectativa é de mais uma queda de 0,50 ponto percentual, como sinalizado pelos próprios membros do Banco Central. A Selic, se confirmada a queda, será reduzida para 12,25%. Ainda que o corte de hoje seja dado como certo pelo mercado, a crescente perspectiva de o Fed mantendo os juros altos por mais tempo tem feito economistas brasileiros revisarem suas projeções para o ciclo de cortes da Selic. Essas revisões já tiveram efeito sobre o boletim Focus, que agrega o consenso de mercado para os principais indicadores da economia brasileira. No Focus de segunda-feira, 30, os consensos para as taxas Selic para o fim de 2024 e 2025 subiram 0,25 ponto percentual (p.p.) para 9,25% e 8,75%, respectivamente.
Nesta quarta, investidores deverão repercutir ainda a bateria de dados econômicos a serem divulgados nos Estados Unidos. Os mais aguardados são os Índices de Gerente de Compras (PMIs, na sigla em inglês) e os números de variação de empregos privados do ADP. O dado é considerado uma prévia para os dados oficiais do mercado de trabalho que serão divulgados nos Estados Unidos na sexta-feira, 3.
Na bolsa, espera-se que investidores reajam aos balanços do terceiro trimestre que foram divulgados na véspera. Entre os resultados que saíram na última noite estiveram os da Eletromídia, Cielo e PRIO.
A CSN informou por meio de fato relevante ter aumentado sua participação na Panatlântica em 18,61%. O preço total foi de R$ 150 milhões a ser pago em 6 parcelas anuais. Após a compra, a CSN passa a ter 29,91% da Panatlântica.
"A operação é parte da estratégia da CSN em avançar na cadeia de valor no segmento de siderurgia, aumentando sua competitividade através do reforço de seus canais de
distribuição e níveis de serviços aos clientes finais", afirmou a CSN em fato relevante.
O horário de negociação na B3 vai das 10h às 17h. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, enquanto o after-market ocorre entre 17h25 e 17h30. Já as negociações com o Ibovespa futuro ocorrem entre 9h e 17h55.