O presidente do BCE, Mario Draghi (Emily Wabitsch/AFP)
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2012 às 17h27.
São Paulo – Há algum tempo o mercado financeiro não vivia um dia de tanto otimismo. As principais bolsas do mundo subiram forte nesta quinta-feira e os rendimentos dos títulos da Espanha, que já tocavam a Lua, começaram a cair e terminaram o dia abaixo de 7%, nível considerado como “linha da morte”. O motivo por trás de tanta animação foi uma declaração, até agora bem recebida, do italiano Mário Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE).
Conhecido como Super Mario, justamente por ter evitado a quebra do seu país em 1990, Draghi salvou o dia ao dizer para quem quisesse ouvir que está preparado para salvar o euro. "Dentro do nosso mandato, o BCE está pronto para fazer o que for preciso para preservar o euro. E acredite em mim, será suficiente", afirmou Draghi em conferência de investimento antes da Olimpíada em Londres.
O mundo, pelo menos por enquanto, acreditou. Na Espanha, a bolsa de Madri terminou em disparada de 6%. Na Itália, o índice subiu Ftse/Mib subiu 5,6%. O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, fechou em alta de 2,30%. O otimismo também foi visto nas Américas. Nos EUA, o S&P 500 subiu 1,6%, o Dow Jones 1,67% e o Nasdaq 1,37%. No Brasil, o Ibovespa avançou 2,65%.
“Ainda que nada tenha sido efetivamente anunciado, o mercado foi levado a acreditar que algo está sendo feito para evitar que a evolução dos preços das dívidas continue a caminhar rapidamente para o colapso. Para mitigar de fato a possibilidade de explosão dos riscos soberanos, o BCE tem que anunciar rapidamente o que vai fazer para estabilizar os preços”, ressalta Pedro Paulo Silveira, economista da TOV Corretora.