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Starbucks avança no plano de recuperação e CEO promete 'onda de inovação' para 2026

Crescimento nas transações e vendas em lojas na China mostram retomada no segundo maior mercado da empresa

A Starbucks também está avaliando a venda de uma participação em seus negócios na China (Christopher Furlong/Getty Images)

A Starbucks também está avaliando a venda de uma participação em seus negócios na China (Christopher Furlong/Getty Images)

Publicado em 29 de julho de 2025 às 20h22.

Última atualização em 29 de julho de 2025 às 20h44.

A Starbucks anunciou nesta terça-feira, 29, que seu plano de recuperação está avançando mais rápido do que o previsto, apesar de resultados abaixo das expectativas no terceiro trimestre fiscal. A rede de cafeterias registrou queda de 2% nas vendas em lojas já existentes.

Apesar do recuo, houve sinais de recuperação na China, segundo maior mercado da companhia. O número de transações aumentou 6% no país e as vendas nas mesmas lojas subiram 2%, encerrando uma sequência de quedas iniciada no fim de 2023.

O CEO Brian Niccol afirmou em comunicado que as medidas adotadas até o momento estão à frente do cronograma e prometeu “uma onda de inovação em 2026”.

Estratégias e desafios no plano de recuperação

Entre as ações implementadas para reverter a queda nas vendas, a Starbucks propôs reduzir o tempo de espera dos clientes, reformulando o cardápio e remodelando lojas para melhor atender à demanda. A empresa também anunciou uma redução de 30% no custo de construção de novas unidades.

Além disso, um novo programa visa aumentar o número de funcionários nas lojas, melhorar o atendimento e priorizar pedidos realizados no balcão e no drive-thru, com foco em serviço mais ágil e melhor experiência para os consumidores.

Apesar dos avanços, a rede de cafeterias segue cautelosa. As margens operacionais caíram devido aos investimentos no plano de recuperação e à inflação. O lucro ajustado por ação foi de R$ 0,50, abaixo da previsão de R$ 0,65 dos analistas.

A diretora financeira Cathy Smith alertou, durante teleconferência com analistas, que a companhia mantém uma postura conservadora para o restante do ano fiscal, dada a incerteza do ambiente econômico e as mudanças no plano. “As transações estão melhorando, mas ainda não está claro onde irão se estabilizar”, afirmou Smith.

A Starbucks também está avaliando a venda de uma participação em seus negócios na China. O CEO afirmou que mais de 20 potenciais compradores demonstraram interesse, e que a empresa pretende manter uma participação significativa no mercado.

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