Invest

Starbucks amarga nova queda nas vendas e suspende projeções para o ano

Ações caem 4,45% no pós-mercado de Nova York em reação aos resultados preliminares da rede de cafeterias

Starbucks: objetivo do novo CEO é impulsionar novamente a demanda pelos produtos da Starbucks, especialmente nos dois maiores mercados da empresa: Estados Unidos e China (Leonardo Barci/Creative Commons)

Starbucks: objetivo do novo CEO é impulsionar novamente a demanda pelos produtos da Starbucks, especialmente nos dois maiores mercados da empresa: Estados Unidos e China (Leonardo Barci/Creative Commons)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 22 de outubro de 2024 às 19h10.

Starbucks anunciou nesta terça-feira, 22, resultados preliminares do trimestre, mostrando mais uma queda nas vendas. As ações da companhia recuavam 4,45% no pós-mercado de Nova York em reação aos números.

O CEO Brian Niccol assumiu o comando da companhia há quase dois meses, após dois trimestres consecutivos de declínio nas vendas de mesmas lojas. Com a transição de CEO da empresa,a empresa retirou o guidance para o ano fiscal completo de 2025.

Agora, o objetivo de Niccol é impulsionar novamente a demanda pelos produtos da Starbucks, especialmente nos dois maiores mercados da empresa: Estados Unidos e China. Nos Estados Unidos, a empresa tem perdido clientes ocasionais, que estão optando por economizar ao invés de gastar com itens como macchiatos e Refreshers. Na China, a recuperação tem sido lenta desde a pandemia, com o crescimento de concorrentes locais mais baratos, como a Luckin Coffee, além de consumidores mais cautelosos, o que impactou as vendas recentemente.

Zamp (ZAMP3) conclui compra da Starbucks Brasil e traz ex-BR Malls para comandar negócio

Niccol, que foi CEO da Chipotle por seis anos, assumiu a Starbucks com a missão de reverter o cenário de queda. Durante seu tempo na rede de fast-casual, ele conduziu a empresa em uma reestruturação após crises de contaminação alimentar, investiu em tecnologia digital e a posicionou como uma das líderes do setor, mesmo durante a pandemia.

Para enfrentar o desafio da queda de vendas, Niccol pretende focar inicialmente no mercado norte-americano. Em uma carta aberta durante sua primeira semana no cargo, ele destacou quatro prioridades de melhoria: a experiência dos baristas, o serviço matinal, a operação das lojas e o fortalecimento da marca.

O novo CEO também está promovendo mudanças na liderança da Starbucks, destaca reportagem da CNBC. Na última sexta-feira, a companhia anunciou a contratação de Tressie Lieberman, ex-executiva da Chipotle, como a nova diretora global de marca, posição recém-criada. Além disso, em setembro, a Starbucks informou que o CEO da América do Norte, Michael Conway, deixaria o cargo após apenas cinco meses; Conway havia sido indicado pelo antecessor de Niccol, Laxman Narasimhan, que foi demitido em agosto.

Até o fechamento desta terça-feira, as ações da Starbucks acumulam alta de 2,33% em um ano, e o valor de mercado da empresa supera os US$ 109 bilhões.

A divulgação dos resultados do quarto trimestre fiscal está programada para 30 de outubro, após o fechamento do mercado.

Acompanhe tudo sobre:StarbucksCafeterias

Mais de Invest

Motiva vende aeroportos a grupo mexicano por R$ 11,5 bilhões

Investidor diminui posição em bolsa após rali do Ibovespa, diz estudo

Ibovespa fecha em baixa pelo 2º dia seguido com aversão global ao risco

Nova declaração de cripto não muda tributação, mas aumenta risco de multas