Mercados

Spinelli eleva preço-alvo do Daycoval, mas vê queda nos lucros

Instituição é a mais exposta aos créditos consignado e de veículos, duas modalidades que têm sido alvo de restrições do BC, lembra analista

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2012 às 14h35.

São Paulo – Em meio à temporada de resultados corporativos, o Banco Daycoval (DAYC4) divulgará seus números referentes ao primeiro trimestre de 2011 na próxima quinta-feira (5), após o fechamento do mercado. E se depender das expectativas da corretora Spinelli, os resultados serão fracos, com forte queda no lucro líquido.

Para o analista Daniel Malheiros, o balanço será impactado por despesas com operações de swap, aumento do quadro de funcionários, dentre outros fatores. Segundo ele, a projeção de lucro líquido para o período é de 49 milhões de reais, uma queda de 40,7% na passagem trimestral e de 10,5% na comparação com o mesmo período de 2010.

“Além disso, esperamos um menor crescimento da carteira de crédito comparativamente ao que vinha sendo observado, entretanto acima do Sistema Financeiro Nacional”, afirma o analista. A estimativa de Malheiros de crescimento para a carteira de crédito nos primeiros três meses do ano é de 5,7%.

No entanto, devido ao “forte crescimento” da carteira de crédito do banco no ano em 2010 e resultados passados acima de suas das projeções, o analistas reiterou a recomendação de “manter” as ações preferenciais do Banco Daycoval. O preço-alvo foi elevado de 10,76 reais para 14,68 reais, um potencial de valorização de 22,3%.

Em 2010, as ações do Banco Daycoval foram destaque do universo de cobertura da Spinelli, com uma valorização de 44,8%, seguidas de ABC Brasil (ABCB4) (+28,9%), BicBanco (BICB4) (+23,1%) e Sofisa (SFSA) (+10,7%).

Por fim, o relatório destaca que as ações do Daycoval carregam um risco de diluição da base acionária de cerca de 30%, por conta da colocação privada de bônus de subscrição feita em fevereiro de 2009, o que tende a limitar o potencial de valorização. “Dentre os bancos médios sob nossa cobertura, o Daycoval é o mais exposto aos créditos consignado e de veículos, duas modalidades que vem sendo alvo de restrições do BC”, finaliza Malheiros.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasBancosB3bolsas-de-valoresMercado financeiroDaycovalAnálises fundamentalistas

Mais de Mercados

Governo do Canadá intervém para deter greve da Air Canada

Após lucro fraco, Air Canada enfrenta greve que paralisa 200 voos diários para os EUA

O que EUA e Argentina têm em comum? Investidores veem 'paralelos preocupantes'

Do Drex à inteligência artificial 'explicável': As 5 inovações que vão mudar o mercado financeiro