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S&P 500 ainda pode cair mais 24%, aponta histórico de 150 anos de mercado

Índice entrou em bear market em meio a preocupações crescentes com uma recessão à medida que o Fed aumenta juros para combater a inflação

S&P 500: índice pode cair até 40% em relação ao pico de janeiro nos próximos seis meses (Ricardo Moraes/Reuters)

S&P 500: índice pode cair até 40% em relação ao pico de janeiro nos próximos seis meses (Ricardo Moraes/Reuters)

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Bloomberg

Publicado em 24 de junho de 2022 às 08h19.

Última atualização em 24 de junho de 2022 às 12h00.

(Isabelle Lee, da Bloomberg) O S&P 500, principal índice do mercado americano, pode sofrer outros 24% de queda até o final do ano, se os últimos 150 anos de história do mercado financeiro servirem de referência.

A estimativa é do Société Générale, que calcula que o indicador pode cair até 40% em relação ao pico de janeiro nos próximos seis meses para atingir o fundo do poço, a 2.900 pontos. A extremidade superior da faixa que o banco previu seria de 3.150 pontos, após queda de cerca de 34% em relação ao topo.

O Société Générale chegou a essa faixa estudando métricas de preços pós-crise a partir da década de 1870, usando análises quantitativas em vez de fatores como projeções de lucros.

“As métricas de preço atuais do mercado claramente se destacam como uma bolha em relação à reconfiguração das métricas em março de 2020 e sua trajetória”, estrategistas quantitativos, incluindo Solomon Tadesse, escreveram em nota de pesquisa. “A dinâmica do valor justo pós-crise ainda exige uma correção mais profunda para alinhar os preços atuais com o valor justo fundamental.”

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O banco calculou 3.020 pontos como valor justo para o S&P 500, em linha com sua linha de tendência histórica de preço de mercado pós-crise. O S&P 500 caiu cerca de 20% este ano em meio a preocupações crescentes com uma recessão à medida que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) aumenta juros para combater a inflação. A queda superior a 20% coloca o S&P 500 oficialmente em bear market, jargão do mercado para tendência de queda.

Mas nem todos são tão pessimistas. John Stoltzfus, estrategista-chefe de investimentos da Oppenheimer, disse que mantém uma previsão de janeiro de que o índice de ações terminará o ano em 5.330 - 40% acima do fechamento de quinta-feira.

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