Mercados

Souza Cruz pode ter maior queda no setor mundial de tabaco

Empresa é a segunda mais cara da indústria de tabaco no mundo, mesmo com a perda de mercado para produtos ilegais

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 12h44.

São Paulo/Rio de Janeiro - A disparada de 64 por cento da Souza Cruz SA no último ano faz da fabricante brasileira de cigarros a segunda mais cara da indústria de tabaco no mundo, mesmo com a perda de mercado para produtos ilegais.

A fabricante das marcas Lucky Strike e Dunhill, com sede no Rio de Janeiro, está sendo negociada em bolsa por um valor de 24,3 o seu lucro por ação e perde apenas para a ITC Ltd. da Índia. O papel deve cair 12 por cento, o que será a maior retração entre os principais produtores mundiais de tabaco, segundo o preço-alvo médio de 12 meses estimado por analistas ouvidos pela Bloomberg.

A Souza Cruz tem perdido vendas para o mercado negro de cigarros por conta da pouca fiscalização e dos aumentos na carga tributária sobre o produto. Cigarros ilegais representaram cerca de 20 por cento das vendas no ano passado, reduzindo a participação de mercado da Souza Cruz de 62 por cento para 61 por cento entre 2010 e 2011, disse a empresa em uma apresentação em seu website.

“O Brasil é um mercado enorme, mas, ao mesmo tempo, tem enormes problemas com comércio ilegal”, disse Owen Bennett, analista da Nomura Holdings Inc., em entrevista por telefone de Londres. “É provavelmente o maior comércio ilegal em termos de porcentagem em todo o mundo.”

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasB3bolsas-de-valoresEmpresas inglesasCigarrosSouza Cruz

Mais de Mercados

A última carta de Buffett: o que esperar de despedida do megainvestidor

Por que está mais difícil de prever crises nos Estados Unidos

Por que empresas de robotáxi chinesas não foram bem recebidas na bolsa

Tesla segue roteiro da Berkshire. Mas Elon Musk pode ser novo Buffett?