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Solução para a crise está perto do deadline, alerta economista

Os líderes já tiveram dois anos desde o estouro da dívida grega, diz Guillermo de la Dehesa

"A racionalidade tende a ficar mais “limitada” sob uma incerteza alta", explica o economista (Mario Tama/ Getty Images)

"A racionalidade tende a ficar mais “limitada” sob uma incerteza alta", explica o economista (Mario Tama/ Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2011 às 17h27.

São Paulo – O tempo para que os líderes da União Europeia encontrem uma solução para a crise da dívida dos países da zona do euro está acabando, alerta o economista Guillermo de la Dehesa.

Uma reunião de cúpula da UE neste domingo irá debater uma eventual ampliação da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) de 440 bilhões de euros para 1 ou 2 trilhões de euros. Mas já se sabe que os debates devem ocorrer mesmo na quarta-feira.

“Caso o conselho não consiga atingir isso [uma solução], a crise irá cruzar a linha da paciência, fazendo com que seja improvável restaurar a confiança dos investidores outra vez”, explica Dehesa, em um artigo publicado nesta semana.

O economista, que é chairman do CEPR (Centre for Economic Policy Research) e vice-chairman do Goldman Sachs na Europa desde 1988, avalia que os investidores estão assustados pela incerteza criada pelas decisões dos líderes da zona do euro.

“Isso faz com que eles se movam em rebanhos – como de costume, a racionalidade tende a ficar mais “limitada” sob uma incerteza alta”, explica. Para ele, a União Europeia precisa sanar 3 principais pontos:

1 – Encontrar um solução definitiva e clara para insolvência da Grécia – uma que não provoque um calote.

2 – Isolar os membros solventes da zona do euro de um possível contágio da Grécia.

3 – Atualizar a estrutura da governança política da zona do euro após a prova da inabilidade em gerenciar crises.

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